Desta
vez ficou insustentável e os deputados devem mesmo protocolar um pedido de CPI
para investigar os contratos com a PMR Táxi Aéreo e Manutenção e a Secretaria
de Estado da Saúde, durante a gestão Ricardo Murad.
O pedido
de CPI tomou corpo entre os deputados depois da denúncia de uso das aeronaves
da empresa na campanha política da deputada Andréa Murad (PMDB), filha do
ex-secretário que recebeu doação de campanha de R$ 120 mil da CC Pavimentações,
do mesmo proprietário da PMR, com sede no Rio Grande do Sul.
A
campanha da deputada Murad foi a única que recebeu doação da CC Pavimentações
em todo o País; sem que a empresa preste qualquer serviço no Maranhão!
Para
completar a doação foi feita no dia 1º de agosto, um dia depois que a
secretaria de saúde pagou R$ 411 mil a PMR.
Foi
também no mês de agosto, dia 12, que a deputada pagou em cheque o valor de R$
110 mil pelo aluguel de um helicóptero da PMR para sua campanha; mas que só foi
descontado dia 19 setembro, sem que,
estranhamente, a nota fiscal do serviço
conste, como exige a Lei, da prestação de contas de sua campanha apresentada ao
TRE-MA.
Relatório
da Secretaria de Saúde, na nova gestão Flávio Dino, também aponta uma série de
irregularidades nos contratos da PMR entre os anos de 2011 e 2014.
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A SES
detectou que na maioria das vezes que as aeronaves da PMR cruzavam os céus
maranhenses não estavam levando pacientes ou mesmo técnicos para fiscalizar
obras, como espertamente acrescentou Ricardo Murad aos objetos dos contratos.
Em 2014,
por exemplo, a secretaria pagou R$ 4,9 milhões a PMR, por 1080 horas de voos,
das quais apenas 204 horas foram utilizadas para os serviços aeromédicos.
Cada um
dos dois helicópteros tinha um faturamento mínimo de 45/horas/mês, o que
equivalia a um montante mensal de R$ 411 mil, exatamente o valor pago em 31 de
julho de 2014, um dia antes da doação da CC Pavimentações.
Fora
isso, quando as aeronaves decolavam de fato, Coroatá foi um dos destinos
preferidos. No ano passado foram quase 60 voos para Coroatá e o maior pico de
pouso e decolagens foi entre os meses de agosto e setembro, período de pleno
vapor eleitoral, onde as aeronaves estiveram pelo menos 20 vezes na cidade
administrada pela esposa de Ricardo Murad.
Porém,
apenas dois desses voos constam no relatório dos atendimentos realizados pelo
Transporte Aeromédico como atendimento a pacientes de urgência-emergência.
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