A Operação “Cayenne”, deflagrada na manhã desta quarta-feria (27), prendeu quatro suspeitos de integrarem uma quadrilha acusada de desviar R$ 33, 78 milhões na Universidade Virtual do Maranhão (Univima), entre 2010 e 2013. As investigações começaram a partir do resultado de auditorias realizadas pela Secretaria de Estado de Transparência e Controle (STC), que revelaram desvio de verbas públicas, no governo passado.
Os presos Paulo Giovanni Aires Lima, José de Ribamar Santos Soares, Inaldo Damasceno Correa e Valmir Neves Filho operavam fraudando o sistema financeiro do Estado, O Siafem. Na ação, foram apreendidos carros de luxo; joias, estimadas em mais de meio milhão de reais; e relógios de luxo, alguns deles superando R$ 20 mil. As buscas e apreensões foram realizadas em mansões na cidade de São Luís.
O esquema fraudulento funcionava da seguinte forma: os ordenadores de despesa do órgão realizavam pagamentos normais aos credores do órgão, que tinham contratos em vigor e que apresentaram faturas a serem pagas. Depois da emissão das ordens bancárias e de confirmar o pagamento pelo banco, o responsável pelo setor financeiro cancelava o pagamento no sistema Siafem e lançava novo pagamento, dessa vez, para empresas fantasmas, usadas apenas para desviar os recursos públicos. A fraude foi realizada durante três anos. Nesse período, os órgãos foram comandados pelos ex-secretários Olga Simão e José Costa.
O delegado-geral da Polícia Civil, Augusto Barros, destaca que a operação está apenas em sua 1ª etapa. Mas, é certo que as investigações vão prosseguir, e em breve, provavelmente, devem surgir fatos novos, ou seja, prisões. Os funcionários presos na ação apresentavam patrimônio incompatível com as rendas declaradas por eles.
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