Não faltam motivos para o desespero de Lula.
1) Brasil
A Corregedoria Nacional do Ministério Público negou o pedido de arquivamento do procedimento investigativo criminal (PIC) aberto para investigar o tráfico de influência do Brahma em favor da Odebrecht. Esse pedido, segundo a assessoria, deve ser solicitado à Justiça Federal, não cabendo atuação da corregedoria sobre esse assunto.
A defesa de Lula, incluindo os blogs sujos do PT, havia decidido atacar o procurador Valtan Furtado, que determinara a abertura do PIC após substituir a procuradora titular do caso, Mirella de Carvalho Aguiar, que estava em férias, no início do mês.
Uma norma interna da Procuradoria da República prevê a substituição do titular em caso de férias e Furtado entendeu que novas diligências eram necessárias para a investigação, mas o Partidos dos Trabalhadores não admite que alguém trabalhe enquanto uma colega descansa.
2) EUA
Documentos diplomáticos revelados pelo grupo WikiLeaks mostram que os americanos monitoraram os movimentos de Lula e Odebrecht no exterior e encontraram sinais de corrupção em obras da empreiteira.
a) Angola
Um telegrama de 30 de outubro de 2007 sobre a viagem de Lula a Angola relata:
“A visita de Silva [Lula] ajudou a concluir um acordo entre a gigante construtora brasileira Odebrecht, a paraestatal angolana no setor do petróleo Sonangol e a Damer, até então desconhecida empresa angolana, para construir uma usina capaz de produzir não apenas etanol para exportação, mas gerar 140 megawatts de eletricidade por ano.”
b) Venezuela
Um telegrama enviado pela embaixada dos EUA em Caracas no dia 7 de dezembro de 2006 fala sobre como o apoio de Lula à campanha para a reeleição de Hugo Chávez “poderia parecer um passo diplomático errado, mas realmente foi simplesmente um bom negócio”.
O apoio de Lula se dava por meio de licitações vencidas pela empresa brasileira. “A ponte [sobre o rio Orinoco] foi construída pela empresa de construção brasileira Odebrecht e financiada pelo banco de desenvolvimento do Brasil, BNDES”, diz o telegrama. “Supostamente, ela custou à Venezuela entre 1,1 bilhão e 1,2 bilhão de dólares [supostamente 40% acima do orçamento] e planos já existem para uma ponte número três”, indicou.
“Apesar de a Odebrecht ter também ‘vencido’ o contrato para a terceira ponte, pelo que sabemos não houve um processo de licitação”.
Como mostrou o site de VEJA, foi um triângulo lucrativo para todos: Lula, Chávez e Odebrecht.
Gente que demoniza o capitalismo do Império americano.
3) Portugal
O Ministério Público de Portugal está investigando o envolvimento de políticos do país e também do Brasil no meganegócio ocorrido em 2010, com a venda das ações que a Portugal Telecom possuía na empresa brasileira Vivo para a espanhola Telefônica e com a compra de ações da Oi pela Portugal Telecom.
Há uma série de suspeitas de irregularidades na operação, que teria sido concretizada graças à influência política de José Dirceu e de Lula sobre o ex-primeiro ministro português José Sócrates. O Correio da Manhã, de Lisboa, diz que o veto de José Sócrates à venda da participação da Portugal Telecom na Vivo à espanhola Telefônica inflacionou o preço em 1 bilhão de euros e “ditou, em troca, a entrada da Portugal Telecom na brasileira Oi”.
Suspeita-se de que a combinação entre Sócrates e Lula garantia “comissões” a políticos e agregados dos dois países – e o valor total das comissões é avaliado pelos procuradores da Lava Jato em cerca de 200 milhões de euros.
Pedro Álvares Cabral deixou dois criminosos no Brasil quando chegou aqui pela primeira vez.
Dirceu e Lula estão retribuindo.
4) Suíça
O Ministério Público da Suíça abriu inquérito para investigar a Odebrecht.
“Subsidiárias da Odebrecht são suspeitas de usar contas suíças para fazer o pagamento de propinas para ex-executivos da Petrobras”, diz um comunicado do MP suíço.
As anotações de Marcelo Odebrecht deram a entender que, para tentar se blindar contra as investigações da Operação Lava Jato, ele mandou ameaçar José Eduardo Cardozo e Edinho Silva, mencionando que as campanhas de Dilma Rousseff e Fernando Haddad foram financiadas com dinheiro vindo de contas na Suíça.
Quando foi preso, uma das ligações de Marcelo teria sido para um amigo que tem interlocução com Lula e Dilma – e influência nos tribunais superiores em Brasília.
“É para resolver essa lambança”, dissera o empreiteiro, determinando que o recado chegasse à cúpula de todos os poderes. “Ou não haverá República na segunda-feira.”
Agora que a casa da Odebrecht caiu, é hora de Marcelo derrubar a República, levando Lula e Dilma com ele.
Tic-tac, tic-tac…
Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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