sábado, 9 de janeiro de 2016

Japonês da PF a caminho do MA; clãs Sarney e Lobão começam 2016 no olho da Lava Jato

Marrapá

Japones da federal

Os novos desdobramentos da Operação Lava Jato voltam a colocar as famílias Sarney e Lobão no centro do maior escândalo de corrupção do Brasil.

Os peemedebistas José Sarney, Roseana Sarney, Edison Lobão e Lobão Filho começaram o ano com a Polícia Federal, Justiça Federal e Supremo Tribunal Federal (STF) grudados em seus calcanhares.

De segunda até hoje, os principais jornais e portais de notícias do país divulgaram novos detalhes da participação dos políticos da oligarquia no esquema de corrupção que saqueou bilhões dos cofres da Petrobras.

No início da semana, o site “O Antagonista” apontou o ex-presidente José Sarney um dos possíveis beneficiados com o montante de R$ 4 milhões em propina.

Em um trecho da delação à Polícia Federal, o delator conhecido como Ceará revelou que o doleiro Alberto Youssef propôs que ele trouxesse o valor ao Maranhão.

O entregador disse que recusou o serviço, mas perguntou ao doleiro quem seria o beneficiário. “Você acha que, no Maranhão, esse dinheiro é pra quem?”, respondeu, segundo Ceará.

Em seguida, foi a vez o suplente de senador, Edinho Lobão, ex-candidato da oligarquia ao governo do estado, ser acossado pela PF.

De acordo com investigadores da Lava Jato, Lobinho é suspeito de estar envolvido com esquema montado pelo pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e corrupção ativa e passiva.

Policiais federais apreenderam nos escritórios de Bumlai documentos que mencionam pagamentos ao peemedebista, além de oito notas promissórias de R$ 1 milhão cada, em nome do político maranhense.

Por meio de uma nota enviada ao blog, Edinho ainda tentou se explicar, mas acabou se complicando mais ainda. Disse que o negócio é nulo e, “por sorte do destino”, as referidas notas e contratos foram guardados, como prova de que a transação suspeita não chegou a ser realizada.

Na quinta-feira (07), o vazamento de um novo trecho da delação de Ceará colocou novamente a ex-governadora Roseana Sarney como possível beneficiada com a propina paga por Alberto Youssef, referente ao precatório de R$ 134 milhões em favor da UTC/Constran.

Segundo o novo delator, o doleiro lhe mostrou um rascunho indicando “fluxo de propina” dividido em vários níveis, um deles identificado pela palavra ‘Leão’ – suposta referência ao Palácio dos Leões.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mandou encaminhar cópia do depoimento à Polícia Civil do Maranhão para que o caso seja reaberto e devidamente apurado pelo Ministério Público do Estado.

A semana termina com a notícia que o STF autorizou a quebra do sigilo bancário e fiscal do senador Edison Lobão (PMDB).

O ex-ministro de Minas e Energia dos governos Lula e Dilma é investigado por suspeita de recebimento de propina durante as obras da usina Angra 3.

Se continuar neste ritmo, o japonês da Polícia Federal não demora a fazer uma “visitinha” a São Luís com o objetivo de recepcionar novos hóspedes na superintendência da instituição no estado.

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