Cícero Lopes (Pros), prefeito do município amazonense de Maraã (localizado a 615 km da capital Manaus) desde 2013, foi assassinado na noite deste domingo (28) com um tiro nas costas, na frente da sua residência. O criminoso conseguiu escapar e policiais militares e civis bloquearam o rio que banha o município, já que a única maneira de sair da região é por via fluvial, na tentativa de fechar o cerco ao atirador o mais rápido possível.
O comandante-geral da Polícia Militar do Amazonas, coronel Marcos James Frota, confirmou as informações e revelou que o clima na cidade é tenso, mas até a publicação desta matéria nenhuma confusão havia sido registrada. O vice-prefeito da cidade, apontado como um dos principais adversários políticos da vítima, está sob abrigo no 60º Distrito Integrado de Polícia (DIP) - não detido, mas sim para sua própria proteção, como frisou Frota.
"Ainda não temos nenhuma hipótese e precisamos distinguir bem 'adversário político' de 'rival pessoal'. Como muitos sabem que seu principal adversário político é o seu vice, a população já queria bater nele, então ele está abrigado na delegacia, mas apenas para sua própria proteção", disse o comandante-geral.
"Tudo leva a crer que foi execução, pistolagem mesmo", acrescenta. O crime ocorreu por volta de 19h20, na entrada da sua casa. Um homem, com uma arma de cano longo, atirou assim que viu o prefeito, acertando suas costas. Cícero Lopes ainda chegou a ser levado ao hospital do município, mas não resistiu e faleceu na unidade de saúde.
Maraã conta com nove policiais militares e dois civis, e todos estão empenhados em localizar o assassino, garante o comandante-geral da PM-AM. "Estamos fazendo um levantamento de possíveis suspeitos e realizando revistas de local a local. Só é possível sair da cidade se for pela água, não tem outra maneira, então bloqueamos o rio. Mas estamos verificando também dentro da cidade", completou Frota.
Nesta segunda-feira (29), o delegado da Especializada em Homicídios e Sequestros (Dehs) irá até o município com um perito criminal, assim como reforços da Tropa de Choque da PM, para evitar distúrbios. Além disso, 14 policiais militares do 3ª Batalhão de Polícia Militar, de Tefé, também devem desembarcar na cidade nesta segunda-feira. "Não houve bagunça, mas o clima está tenso", comenta Frota.
Victor Affonso
A Crítica
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