O presidente
do Sindicato dos Delegados da Polícia Federal no Paraná, Algacir Mikalovski,
disse ao Correio na manhã desta terça-feira que a PF no estado recrutou
“dezenas” de homens em esquema de revezamento para proteger o juiz da 13ª Vara
Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro. Segundo ele, o motivo são “ameaças”
que “se intensificaram” após a 24ª fase da Operação Lava-Jato, em que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi conduzido coercitivamente para
depor na sexta-feira.
O
superintendente da PF no Paraná, Rosalvo Franco, disse ao jornal que não
poderia comentar o assunto por questões de segurança. A assessoria da Justiça
Federal não prestou esclarecimentos até o momento. A segurança reforçada para
Moro foi providenciada entre a sexta-feira passada e ontem, de acordo com o
presidente do sindicato.
De acordo com
Mikalovski, as ameaças também foram feitas a policiais. Como medida, o
sindicato ajuizou duas ações cíveis por danos morais em favor de delegados da
Lava-Jato insultados em redes sociais e prepara mais duas.
Ele disse que
a segurança foi prestada sem o pedido de Sérgio Moro, porque essa é uma
obrigação da PF, que detectou ameaças a partir de monitoramento de suspeitos.
As ameaças foram feitas, em sua maioria, em redes sociais, como facebook e
twitter.
Mikalovski não
quis polemizar se os autores das ameaças em militantes do PT ou simpatizantes
do ex-presidente Lula. De acordo com ele, a atuação da PF é sobre fatos, e não
pessoas e partidos, embora isso determinadas pessoas e partidos sejam suspeitos
de terem cometido crimes.
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