Contrariando expectativas de uma votação acirrada,
a Câmara dos Deputados acaba de aprovar - com larga vantagem - a continuidade
do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Por volta das 23h07m, 342 deputados (que é o mínimo
necessário para aprovar o impeachment na Casa) já tinham votado pelo
prosseguimento da ação.
O placar final da votação foi 367 votos favoráveis,
137 contrários, 7 abstenções e 2 faltas. Com isso, o governo conquistou 146
apoios - 26 a menos do necessário para barrar o processo.
A votação de hoje foi marcada por uma série de
traições de parlamentares da base aliada e garantiu à oposição uma larga
vantagem sobre o governo desde o início da sessão.
Dos 25 partidos com representantes na Casa, 17 orientaram seus filiados a votar pela aprovação do impeachment.
Apenas 6 siglas (PT, PR, PCdoB, PSOL, PDT e PTdoB)
defenderam a manutenção do governo Dilma. Rede e PEN liberaram sua bancada para
votar conforme a consciência.
A decisão dos partidos não foi suficiente para
impedir votos desfavoráveis ao governo. A onda de traição rendeu até a renúncia
do o deputado Alfredo Nascimento (PR-AM) à presidência do partido. Ele, que foi
ministro dos Transportes dos governos Lula e Dilma, contrariou a decisão da
sigla ao apoiar o impeachment no Plenário.
A maior de todas as derrotas – até agora
É exatamente graças a problemas de conciliação com
sua base que a presidente Dilma Rousseff (PT) convive, desde dezembro do ano
passado, com a possibilidade de ver seu mandato abreviado.
Foi um membro do então principal partido aliado do
governo - o presidente da Câmara e peemedebista Eduardo Cunha - que partiu a
iniciativa de aceitar o pedido de impeachment protocolado pelos juristas Hélio
Bicudo, Miguel Reale Jr e Janaína Paschoal.
Exame.com
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