A bomba
atômica que se anunciava para a semana passada ainda está nas mãos do relator
da Lava-Jato no STF, Teori Zavascki.
Os principais
alvos de uma série de pedidos do Ministério Público são a tríade peemedebista
Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney, implicados na delação de Sérgio
Machado.
Eduardo Cunha
não está na delação de Machado. Mas Rodrigo Janot tratou dele no calhamaço que
enviou a Teori.
Há medidas
específicas — e duríssimas — requeridas para cada um.
Nesta semana a revista eletrônica O Globo também abordou o assunto da delação de Sérgio Machado e a propina de 20 milhões repassados a José Sarney. Leia a íntegra:
O Globo – O
ex-senador Sérgio Machado disse, numa série de depoimentos após fechar acordo
de delação premiada, que arrecadou e pagou mais de R$ 70 milhões desviados da
Transpetro para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador
Romero Jucá (PMDB-RR), para o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP),
entre outros líderes do PMDB. Segundo Machado, a soma mais expressiva, R$ 30
milhões, foi destinada a Renan, o principal responsável pela indicação dele
para a presidência da Transpetro, subsidiária da Petrobras e maior empresa de
transporte de combustível do país.
Renan indicou
Machado para a presidência da Transpetro em 2003, no início do primeiro mandato
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o manteve apoio para a
permanência dele no cargo até ano passado, mesmo depois de ter sido acusado por
Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, de receber
propina. Sarney também recebeu uma soma significativa, conforme a contabilidade
do ex-presidente da Transpetro. Machado disse que repassou aproximadamente R$
20 milhões para o ex-senador durante o período que esteve à frente da estatal.
Romero Jucá,
que ficou uma semana como ministro do Planejamento do governo do presidente
interino Michel Temer, foi destinatário de quantia similar a de Sarney, cerca
de R$ 20 milhões. Machado também disse que abasteceu também contas dos
senadores Edison Lobão (PMDB-MA) e Jáder Barbalho (PMDB-PR). As acusações de
Machado são consideradas devastadoras. O ex-presidente da Transpetro falou
sobre as somas repassadas aos padrinhos políticos dele e, como se não bastasse,
indicou os contratos e os caminhos percorridos pelo dinheiro até chegar aos
destinatários finais.
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