sábado, 4 de junho de 2016

Deu na Veja: MPF pede punição de Sarney por “ajuda” de R$ 20 milhões da Transpetro


A bomba atômica que se anunciava para a semana passada ainda está nas mãos do relator da Lava-Jato no STF, Teori Zavascki.

Os principais alvos de uma série de pedidos do Ministério Público são a tríade peemedebista Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney, implicados na delação de Sérgio Machado.

Eduardo Cunha não está na delação de Machado. Mas Rodrigo Janot tratou dele no calhamaço que enviou a Teori.
Há medidas específicas — e duríssimas — requeridas para cada um.

Nesta semana a revista eletrônica O Globo também abordou o assunto da delação de Sérgio Machado e a propina de 20 milhões repassados a José Sarney. Leia a íntegra:


O Globo – O ex-senador Sérgio Machado disse, numa série de depoimentos após fechar acordo de delação premiada, que arrecadou e pagou mais de R$ 70 milhões desviados da Transpetro para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR), para o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP), entre outros líderes do PMDB. Segundo Machado, a soma mais expressiva, R$ 30 milhões, foi destinada a Renan, o principal responsável pela indicação dele para a presidência da Transpetro, subsidiária da Petrobras e maior empresa de transporte de combustível do país.

Renan indicou Machado para a presidência da Transpetro em 2003, no início do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o manteve apoio para a permanência dele no cargo até ano passado, mesmo depois de ter sido acusado por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, de receber propina. Sarney também recebeu uma soma significativa, conforme a contabilidade do ex-presidente da Transpetro. Machado disse que repassou aproximadamente R$ 20 milhões para o ex-senador durante o período que esteve à frente da estatal.

Romero Jucá, que ficou uma semana como ministro do Planejamento do governo do presidente interino Michel Temer, foi destinatário de quantia similar a de Sarney, cerca de R$ 20 milhões. Machado também disse que abasteceu também contas dos senadores Edison Lobão (PMDB-MA) e Jáder Barbalho (PMDB-PR). As acusações de Machado são consideradas devastadoras. O ex-presidente da Transpetro falou sobre as somas repassadas aos padrinhos políticos dele e, como se não bastasse, indicou os contratos e os caminhos percorridos pelo dinheiro até chegar aos destinatários finais.


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