Depois de um
ano e meio à frente do comando do Maranhão, o governador Flávio Dino já
experimenta reações de confronto de onde talvez não imaginasse, à época em que
assumiu o governo. O receio de aliados de desagradar ao chefe parece estar se
extinguindo.
Entre tantas
demonstrações das últimas semanas, a maior se apresenta agora, com a declaração
de greve de quatro categorias de servidores públicos, que passaram um tempo
esperando o cumprimento das promessas feitas pelo então candidato do diálogo
durante a campanha de 2014.
As promessas
ficaram no papel, diálogos foram feitos, mas resultados, na prática, os
policiais civis, agentes penitenciários, peritos criminais e funcionários do
Detran que podem entrar em greve na próxima segunda não sentiram.
Com o argumento
da crise, Flávio Dino e seus auxiliares acreditaram que controlaria o
descontentamento dos servidores com a política de pouca valorização do
funcionalismo público. Mas não conseguiu.
Agora resta ao
governo tentar impedir à força “o direito do trabalhador de se manifestar”. Era
dessa forma que o candidato Flávio Dino falava sobre grevistas na gestão
anterior. Por tudo o que indica, agora os servidores não têm mais esse direito
todo.
Usando a força
– O governador Flávio Dino não quis saber do histórico de apoio que o enrolado
Cézar Bombeiro deu em suas campanhas.
No comando da
greve dos agentes penitenciários, Bombeiro teve de enfrentar a força policial
durante confronto da categoria com a PM em frente ao portal de entrada de
Pedrinhas.
Dino determinou
o uso da força para mostrar que não cederá às investidas (comumente dadas
contra todo gestor estadual) do líder sindical.
Crise – A
greve no setor de Segurança é o primeiro desafio concreto que o governador
Flávio Dino (PCdoB) enfrenta em sua gestão.
Até agora, as
crises no setor e as críticas da população foram resultados de questões
externas.
Agora, além
dos fatores externos, Dino terá de enfrentar problemas internos, tendo de
garantir o direito de ir e vir do cidadão.
Mentira –
Ainda sobre a crise na Segurança, a Secretaria de Comunicação do Estado enviou
informação aos meios de comunicação sobre o fim da greve dos policiais civis.
O problema é
que essas informações não são verdadeiras, já que os servidores somente
suspenderam a greve por tempo determinado até que o governo apresentasse uma
nova proposta.
Sem poder
oferecer mais do que 10% divididos em três vezes, o governo amarga com a volta
dos policiais em greve.
0 comments:
Postar um comentário
Fique à vontade, sua opinião é livre e de grande importância; contudo é de inteira responsabilidade do leitor e não representa a opinião do editor deste blog. Prezamos pela ética e pudor. Os comentários serão publicados em até 24 horas após análise.
Se achar algo que viole ou fira sua honra pessoal, envie para o e-mail: srfernandomelo@gmail.com que iremos avaliar.