Invasão no plenário da Câmara dos Deputados (Marcela Mattos/Veja.com/Grupo pró-intervenção militar invade plenário da Câmara) |
Veja - Manifestantes
invadiram na tarde desta quarta-feira o plenário da Câmara dos Deputados e
provocaram tumulto no local: seguranças e invasores entraram em confronto. A
porta de vidro que dá acesso ao plenário foi quebrada e a sessão teve de ser
interrompida pelo 1º vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA).
O grupo entoa
palavras de apoio ao juiz federal Sergio Moro e canta o hino nacional. Da
tribuna, gritam palavras de ordem em favor de intervenção militar e bradam:
“General aqui”.
Os
parlamentares foram pegos de surpresa pelo grupo, que rapidamente tomou a
tribuna. Neste momento, invasores e deputados estão no local e o clima é de confusão.
O deputado Beto Mansur (PRB-SP), primeiro-secretário da Câmara, tenta negociar
com o grupo a saída deles da Mesa Diretora da Casa.
A invasão se
dá no dia em que a Comissão Especial da Câmara criada para analisar o pacote
anticorrupção se reuniria para votar o texto.
Pouco antes da
ação do grupo, o procurador Deltan Dallangnol, chefe da força-tarefa da Lava
Jato recorrer às redes sociais para denunciar o que chamou de manobras contra
as Dez Medidas propostas pelo Ministério Público. “Notícias dão conta de que
estão acontecendo manobras de líderes partidários na Câmara para mudar os
deputados da Comissão que votariam a favor das 10 Medidas contra a Corrupção.
Isso é um desrespeito com os mais de 2 milhões de brasileiros que assinaram o
projeto de iniciativa popular.
É um desrespeito com os 200 milhões de
brasileiros que querem um processo de discussão e aperfeiçoamento legítimo no
Legislativo – basta dizer que esses deputados ouviram mais de 100 pessoas. Não
é possível simplesmente trocá-los. Sentindo-me profundamente desrespeitado,
como cidadão”, escreveu.
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