Kamila disse que o carro com os policiais estava descaracterizado e não parou por medo de um assalto (Imagem: reprodução Facebook) |
Do MA 10 – As
irmãs Karina e Kamila Ferreira voltavam de um velório na última quinta-feira
(15), quando o carro delas foi interceptado por policiais na localidade Lagoa
do Jardel, na cidade de Balsas (MA). Os agentes confundiram o veículo com o
mesmo utilizado por bandidos que assaltaram as agências do Banco do Brasil e do
Bradesco em Fortaleza dos Nogueiras, na terça-feira (13).
Os policiais
militares descaracterizados deram ordem de parada, mas as vítimas saíram em
alta velocidade, temendo que se tratasse de um assalto. Os disparos atingiram
as duas garotas, resultando na morte de Karina Ferreira (Reveja).
Veja o
momento:
Em depoimento, o Delegado
Regional, Fagno Vieira, afirmou que as investigações já foram iniciadas e
inclusive foi solicitada a extração de eventuais projeteis no corpo de Karina.
“Vamos instaurar o procedimento para podermos apurar as responsabilidades de
cada um. Como eram muitos policiais envolvidos na operação, só mesmo uma
perícia e confrontação balística para sabermos de que arma saiu o projétil que
atingiu a garota”, apontou.
JUSTIÇA
“Foi algo
covarde e feito por pessoas totalmente despreparadas”, afirmou a jovem Kamila
Brito, que passou por perseguição policial na última quinta-feira (15) e
presenciou a morte da irmã, Karina Brito. A noite de perda para a família de
Kamila teve início quando as duas voltavam de um velório, no município de
Balsas. A jovem de 29 anos afirma que após deixarem uma amiga em casa, um carro
com policiais descaracterizados parou em frente a elas, impedindo sua passagem.
“Assustada, pensando que era um assalto, dei ré e segui no sentido contrário”,
explicou ela em entrevista, apontando que pensou que poderia ser um assalto.
Ao mudar sua
rota, mais dois carros juntaram-se ao primeiro e teriam começado a perseguir o
carro das duas irmãs. Karina alertou que eles iriam atirar. “Somente deu tempo
de eu gritar e virar para o lado do passageiro, onde minha irmã estava para
vê-la falando pela última vez que tinha sido atingida”, disse Kamila, que
também foi atingida, no braço. Desesperada, ela ainda tentou seguir para o
hospital, quando um dos policiais atirou nos pneus do carro.
Kamila contou
que ainda não foi procurada pela polícia para dar um depoimento, mas que irá
atrás de justiça. “Vou atrás dos meus direitos, a morte da minha irmã não pode
ser em vão”, disse.
INVESTIGAÇÕES
Kamila Brito, irmã de Karina, vítima de perseguição policial em Balsas, afirmou que não foi procurada pela polícia para dar depoimento, mas irá atrás de justiça |
Após uma
operação da Polícia Militar do Maranhão (PM-MA) sobre o caso realizada na
última quinta-feira (15), o comandante da PM de Balsas, tenente-coronel Juarez
Medeiros, do 4º BPM, declarou apoio aos companheiros de profissão e pediu que
os policiais envolvidos no caso não sejam julgados.
Ele afirmou
que nenhum policial mataria, propositalmente, um inocente. Os militares
envolvidos estão suspensos das atividades e vão passar por um processo
administrativo e civil de investigação da conduta que resultou na morte da
jovem.
0 comments:
Postar um comentário
Fique à vontade, sua opinião é livre e de grande importância; contudo é de inteira responsabilidade do leitor e não representa a opinião do editor deste blog. Prezamos pela ética e pudor. Os comentários serão publicados em até 24 horas após análise.
Se achar algo que viole ou fira sua honra pessoal, envie para o e-mail: srfernandomelo@gmail.com que iremos avaliar.