Ex-presidente Lula e o juiz Sergio Moro, da Lava Jato |
O Tribunal
Regional Federal da 4ª Região manteve o depoimento do ex-presidente Lula na
Justiça Federal em Curitiba nesta quarta (10)
Nesta
segunda-feira (8), a defesa de Lula havia pedido a suspensão do processo –e do
depoimento– do petista ao juiz Sergio Moro.
A defesa alega
não ter tempo suficiente para analisar documentos da Petrobras relativos ao
caso que deveriam ser juntados à ação penal.
Os advogados
afirmam que haviam pedido documentos da Petrobras relativos à acusação e que o
material só foi levado ao processo a partir de 28 de abril. Diz que são 5.000
documentos, com “estimadas cerca de 100 mil páginas”, ou 5,42 gigabytes, que
estão “sem índice” e foram encaminhados de “forma desorganizada”.
O juiz Nivaldo
Brunoni negou o pedido, afirmando que a documentação foi requerida pela própria
defesa e não está relacionada aos contratos indicados na denúncia.
“Veja-se que a
juntada de documentação pela Petrobras foi requerida pela própria defesa. Ainda
que em certa medida impertinente ao processo, porquanto não relacionada aos
contratos indicados na denúncia, foi facultada pelo juízo de primeiro grau a
sua obtenção para posterior juntada ao processo, inclusive com o comparecimento
pessoal na sede da empresa”, afirmou na decisão.
Em seu
despacho, o magistrado afirma que o prazo de 90 dias pedido para a defesa para
o exame do material não é “razoável”.
“Não se
desconsidera que a existência de milhares de páginas para exame demanda longo
tempo, mas foge do razoável a defesa pretender o sobrestamento da ação penal
até a aferição da integralidade da documentação por ela própria solicitada,
quando a inicial acusatória está suficientemente instruída”, completou.
A acusação do
Ministério Público Federal sustenta nesse processo que Lula recebeu propina da
empreiteira OAS em troca de benefícios à empresa na Petrobras nos governos
petistas. A defesa já havia pedido anteriormente a nulidade do processo e o
afastamento de Moro do caso.
Atualizado
Depois de não
conseguir adiar, via Tribunal Regional Federal da 4ª Federal, o depoimento que
prestará nesta quarta-feira ao juiz Sergio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva recorreu, na noite desta terça-feira, ao Superior Tribunal de
Justiça (STJ), em Brasília, para evitar ficar frente a frente com o juiz da
Lava-Jato em Curitiba. O habeas corpus foi distribuído ao ministro Felix
Fischer, presidente da 5ª Turma e relator dos processos relacionados a pedidos
de investigados no escândalo do petrolão. A decisão do STJ sobre se Lula deve
ou não prestar o depoimento sobre o caso triplex deve ser oficializada na manhã
desta quarta-feira.
A Folha / Veja
0 comments:
Postar um comentário
Fique à vontade, sua opinião é livre e de grande importância; contudo é de inteira responsabilidade do leitor e não representa a opinião do editor deste blog. Prezamos pela ética e pudor. Os comentários serão publicados em até 24 horas após análise.
Se achar algo que viole ou fira sua honra pessoal, envie para o e-mail: srfernandomelo@gmail.com que iremos avaliar.