quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Asteroide gigante passa pela Terra nesta sexta-feira

Com 4,4 km de diâmetro, o objeto é o maior a se aproximar do planeta nos últimos cem anos e ficará a ‘apenas’ 7 milhões km de nós, sem oferecer riscos


Apesar de passar 'perto' da Terra em comparação a outros corpos celestes espalhados pelo cosmos, o asteroide não oferecerá nenhum risco de colisão com o nosso planeta (Reprodução/Divulgação)
O maior asteroide a se aproximar da Terra em mais de um século passará a uma distância de sete milhões de quilômetros do nosso planeta nesta sexta-feira, afirma a Nasa. A distância é considerada próxima, em termos cósmicos, mas não o suficiente para oferecer qualquer risco. Este asteroide, que possui um diâmetro de 4,4 quilômetros e é conhecido pelo apelido Florence, foi descoberto em março de 1981.

“É o maior objeto celeste a passar tão perto do nosso planeta desde a descoberta do primeiro asteroide nas proximidades da Terra, há mais de um século”, afirmou a agência espacial americana, em comunicado. “Embora muitos asteroides conhecidos tenham cruzado a Terra a uma distância mais curta do que fará Florence na sexta-feira, todos eram menores”, disse Paul Chodas, responsável do Centro para o Estudo de Objetos Próximos à Terra, que pertence à Nasa.

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Florence só voltará a se aproximar da Terra em outubro de 2024 e, mesmo assim, não passará tão perto de nosso planeta pelos próximos quinhentos anos, afirmou a agência espacial. Os cientistas aproveitarão esta passagem para estudar mais detalhes do corpo celeste, usando telescópios localizados na Califórnia e em Porto Rico.

“As imagens resultantes devem permitir determinar as dimensões exatas do asteroide e também revelar os detalhes de sua superfície com uma precisão de 10 metros”, estimou a Nasa.

Colisão

As colisões entre grandes asteroides e a Terra não são eventos comuns. “A cada 2.000 anos, aproximadamente, um meteorito do tamanho de um campo de futebol atinge o planeta, devastando a área de impacto e os arredores”, afirmou a agência espacial americana.

Objetos celestes capazes de aniquilar a civilização humana, como o que provocou o fim dos dinossauros há cerca de 66 milhões de anos, são ainda mais raros. Estes ameaçam a Terra uma vez a cada alguns milhões de anos, acrescentou a Nasa, que chegou a calcular em 0,01% a probabilidade de um asteroide grande e potencialmente perigoso nos atingir nos próximos cem anos. Mesmo a queda do meteoro que provocou importantes danos e deixou 1.000 feridos em Chelyabinsk, na Rússia, em fevereiro de 2013, foi um evento incomum. A rocha tinha um diâmetro de 15 a 17 metros e uma massa entre 7.000 e 10.000 toneladas. Ao atingir o solo, liberou uma energia que foi estimada em 30 vezes a potência da bomba de Hiroshima.

A Nasa afirma que ao menos um asteroide do tamanho de um carro atinge a atmosfera da Terra por ano, mas normalmente eles se desintegram antes de tocar o solo.

Veja - Ciência


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