Foto: Miguel SCHINCARIOL / AFP |
Veja - O Ministério
Público Federal (MPF) se manifestou nesta segunda-feira, 5, contra o último
recurso protocolado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, que pedia a
revisão da condenação a doze anos e um mês na ação penal que envolve o tríplex
no Guarujá (SP). Além de defender a rejeição do recurso, o MPF pediu a prisão
do petista após o julgamento para cumprimento da pena.
No parecer, o
procurador responsável pelo caso se manifestou a favor da defesa de Lula para
dar parcial provimento aos embargos de declaração e corrigir somente alguns
termos do acórdão proferido em janeiro. Apesar de pedir a correção das palavras
Grupo OAS, empresa OAS Empreendimentos e funcionamento ou não do Instituto
Lula, a Procuradoria entende que as correções não alteram a essência da
condenação.
“O acórdão
entende haver provas suficientes de que a unidade tríplex do Condomínio Solaris
estava destinada a Luiz Inácio Lula da Silva como vantagem, apesar de não
formalmente transferida porque sobreveio a Operação Lava Jato e a prisão de
empreiteiros envolvidos, dentre eles, José Adelmário Pinheiro Filho [conhecido
como Leo Pinheiro, ex-executivo da OAS]”, sustenta o MPF.
No dia 24 de
janeiro, o TRF4 confirmou a condenação de Lula na ação penal envolvendo o
tríplex e aumentou a pena do ex-presidente de nove anos e meio de prisão para
doze anos e um mês. Na decisão, seguindo entendimento do Supremo Tribunal
Federal (STF), os desembargadores concluíram que a execução da pena do
ex-presidente deve ocorrer após o esgotamento dos recursos pela segunda
instância da Justiça Federal.
Com o placar
unânime de três votos, cabem somente os chamados embargos de declaração, tipo
de recurso que não tem o poder de reformar a decisão — dessa forma, se os
embargos forem rejeitados, Lula poderia ser preso. A previsão é de que o
recurso seja julgado até o fim de abril.
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