A Promotoria
de Justiça de Buriticupu ingressou com uma Denúncia contra 41 pessoas que
utilizaram documentos falsos para ingressar no serviço público municipal. A
pena prevista para o crime no Código Penal Brasileiro é de reclusão, de dois a
seis anos, e multa.
Foram
denunciados Adriana da Conceição, Aldenira Penha Silva, Ana Paula Inácio
Oliveira, Ana Paula Mendes de Paula, Antônio James de Oliveira Santos, Antônio
Ricardo Silva de Sousa, Cristóvão Ancelmo da Silva, Doriane Nascimento da
Silva, Ediel Soares Rosas, Elis Regina Costa Sousa, Evanir Rodrigues dos
Santos, Ezequias Soares Rosa, Francinaldo da Silva Oliveira, Francisca Sousa
dos Santos, Francisco Chagas, Genilson Pereira Silva, Irailde dos Santos da
Silva, Iury Rodrigues de Sousa e Ivete Rosa Camara Silva.
Também são
alvo da Denúncia José Carlos Oliveira da Silva, Jusilene Silva Rodrigues, Keila
Silva de Aquino, Ligia Gonçalves de Sousa, Maria Celma dos Santos Silva, Maria
Raquel da Conceição dos Santos, Maria Sonia Sousa Alves, Mariene da Silva
Leite, Marta dos Anjos Santos Sousa, Mauricio Pereira Rodrigues, Raimunda de
Lima, Raimunda Sampaio da Silva, Raimundo Alves da Silva, Reginalda da
Conceição Costa, Rikardo Dal Col Ferreira, Roberta Nunes Salazar, Romerito
Nunes Salazar, Ruideblandia Sousa e Silva, Sean Damasceno Costa, Vania Lucia
Costa Lima, Walberth de Sousa Gonçalves e Zenaide Martins da Silva.
As
investigações do Ministério Público apontaram que, em 2011, a Prefeitura de Bom
Jesus das Selvas realizou um concurso público, com validade de dois anos a
partir da publicação da homologação do certame, que aconteceu em 14 de abril de
2011. Dessa forma, as nomeações somente poderiam ocorrer até abril de 2013.
De acordo com
o promotor de justiça José Orlando Silva Filho, no entanto, em 2016, a
ex-prefeita Cristiane Campos Damião Daher resolveu nomear “apadrinhados” antes
de deixar a chefia do Executivo Municipal. Para isso, inseriu informação falsa em
41 portarias, retroagindo a data de nomeação para 2013, dentro do prazo de
validade do certame.
“De posse
deste documento falso, vários servidores pleitearam administrativamente a
reintegração ao suposto cargo e, após parecer favorável, ingressaram no serviço
público”, explica, na Denúncia, o promotor de justiça.
Uma Comissão
Processante da própria Prefeitura verificou que os servidores nunca exerceram
cargos efetivos antes de novembro de 2016. O Instituto de Previdência Social do
Município afirmou que os nomes dos denunciados não constavam “na lista de
contribuintes deste Instituto de Previdência Social, tampouco há informações de
que estes, em algum momento pretérito, teriam contribuído”.
O Departamento
de Recursos Humanos da Prefeitura também afirmou ao Ministério Público que não
existe inscrição no PIS/PASEP ou termo de posse dos denunciados. Além disso,
não foram encontrados registros de ponto ou fichas financeiras dos supostos
servidores antes de 2016.
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