De acordo com Dr. Alan, em menos de 48 horas, quatro pacientes morreram a espera de pacientes, nos corredores do Socorrão I.
Médico Alan
Roberto Costa Silva. (Foto: reprodução / TV Mirante)
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A situação
crítica da saúde pública no Maranhão tem revoltado não só usuários do sistema,
como também profissionais que atuam nesse setor. Nesta quinta-feira (13), em
entrevista ao Bom Dia Mirante o médico Alan Roberto Costa Silva, que trabalha
na emergência do Hospital Djalma Marques, o “Socorrão I”, criticou prefeituras
do interior e o governo do estado devido a situação crítica pela qual passa o
hospital do Centro de São Luís.
De acordo com o médico, em menos de 48 horas, quatro pacientes morreram a espera de atendimento, nos corredores do Socorrão I. Ainda de acordo com Alan Roberto Costa, o problema da superlotação no hospital é provocado, principalmente, por receber pacientes de todas as partes do Estado.
“O problema
dos Socorrões I e II não é São Luís, mas é sim o interior do estado e mais
recentemente um verdadeiro desmonte que o governo do estado está fazendo na
saúde, e o município é que está sofrendo as consequências. Estamos à beira,
realmente, de um colapso”, conta Alan Roberto Silva.
Outra
reclamação do médico é com relação à falta de investimento de prefeitos nos
hospitais de outros municípios do interior do Maranhão. Outro ponto reclamado
são os recentes problemas ocasionados pela falta de médicos na rede estadual de
saúde.
“Estamos
vivendo um drama muito maior, que é um verdadeiro desmonte que o governo do
estado está fazendo na saúde do estado, com demissões em massa de médicos em
hospitais de alta complexidade, como o Carlos Macieira (Hospital de Referência
Estadual de Alta Complexidade Dr. Carlos Macieira) e em hospitais
macrorregionais no interior do estado, por isso está vindo tudo pra cá. Até uma
cirurgia de apendicite, que era algo simples que era feita no interior, não é
mais, pois onde tinham dois cirurgiões, agora só tem um, e uma operação como
está não pode ser feita só por um, tem que ter um auxiliar, aí vem tudo pra
cá”, declarou o médico.
As Unidades de
Pronto Atendimento (UPAs) também diminuíram a capacidade de atendimento, de
acordo com Alan Roberto Silva.
“As UPAs não
tem mais resolutividade nenhuma e encaminham pra cá até cólica menstrual, pois
não tem medicamentos, as alas vermelhas vão fechar. Onde tinham três médicos,
agora têm dois, e onde eram dois agora só tem um. Então hoje, as UPAs são meros
postos de saúde que não resolvem nada. Então tudo que chega lá um pouco mais
complexo, eles mandam para o Socorrão I. Vivemos aqui uma situação dramática”,
concluiu.
Por meio de
nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) disse que o atendimento segue de
modo regular aos pacientes tanto nas UPAs e hospitais de alta complexidade. Em
relação aos médicos do Hospital Carlos Macieira, a secretaria informou que
houve "apenas a substituição da empresa responsável pela Central de
Regulação de Leitos e que em nada acometeu o atendimento aos usuários".
Veja a
entrevista:
(Fonte: Imirante)
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