Presidente da Famem, Erlanio Xavier, Procurador Geral de Justiça, Luiz Gonzaga Martins e o tesoureiro geral da Famem, Júnior Cascaria. |
Durante o
lançamento oficial do programa ‘Município Legal: Mais Receitas, Mais Direitos’,
coordenado pelo Ministério Público do Estado do Maranhão, nesta terça-feira
(26), na sede da Procuradoria Geral de Justiça, o presidente da Federação dos
Municípios do Estado do Maranhão, Erlanio Xavier, obteve manifestações de apoio
à proposta de arrecadação de impostos sobre serviços junto às empresas
contratadas pelo Estado para realizar obras no municípios.
“Esse projeto
do Ministério Público do Estado do Maranhão, ora apresentado pelo
Procurador-Geral Luiz Gonzaga Martins, é muito importante, pois quem está na
gestão do município é quem sabe das dificuldades que a escassez de recursos
provoca. Os grandes levam os impostos e são os gestores que têm que estar com
as portas dos hospitais abertas, com as escolas funcionando e com as nossas
estradas reformadas”, enumerou o prefeito Erlanio.
Tanto o
Procurador Geral de Justiça, Luiz Gonzaga Martins, como o vice-governador do
Estado, Carlos Brandão, concordaram na efetivação da arrecadação dos tributos
pleiteados pela Famem. Brandão disse que
a reivindicação tem a aprovação do governador Flávio Dino. “O governo é
extremamente favorável à arrecadação destes tributos, até porque é uma medida
justa”, destacou o vice-governador do Maranhão.
O vice-governador Carlos Brandão chamou também atenção para a questão do pacto federativo e citou o desiquilíbrio na distribuição dos tributos entre União (75% da arrecadação), Estados (25% da arrecadação) e Municípios (apenas 5% da arrecadação). “É um tema muito debatido, mas que não avança. Isso coloca os prefeitos permanentemente de pires na mão junto ao Governo Federal. Sabemos que os problemas estão nos municípios”, mencionou Brandão.
O vice-governador Carlos Brandão chamou também atenção para a questão do pacto federativo e citou o desiquilíbrio na distribuição dos tributos entre União (75% da arrecadação), Estados (25% da arrecadação) e Municípios (apenas 5% da arrecadação). “É um tema muito debatido, mas que não avança. Isso coloca os prefeitos permanentemente de pires na mão junto ao Governo Federal. Sabemos que os problemas estão nos municípios”, mencionou Brandão.
Presidente da Câmara dos Vereadores de Poção de Pedras, Valney Gomes, vice-governador Carlos Brandão e Cascaria. |
Gestão pública
O
Procurador-Geral de Justiça, Luiz Gonzaga Martins, destacou que o “Ministério
Público vem trabalhando para proteger os orçamentos municipais”, contribuindo
para o fortalecimento da rede de controle da gestão pública e qualificou o
projeto como um desafio. “Essa é a principal meta o projeto Município Leal. É
necessário eu haja um pacto federativo que prestigie o município. O município é
a porta de entrada da cidade. Mas, na maioria dos municípios do Maranhão a
arrecadação própria não dá para cobrir a folha de pagamento”, observou o
procurador.
O Programa
‘Município Legal: Mais receita, Mais Direitos’ está ancorado na Lei de
Responsabilidade Fiscal que exige que os municípios recolham os tributos
previstas pela legislação, como, por exemplo, IPTU, ISSQN, ITI, dentre outros.
A Famem será parceria na divulgação o projeto a partir de uma agenda itinerante
a partir deste mês, se estendendo até junho.
Diálogo
No
entendimento do presidente da Famem, a aproximação o Ministério Público dos
municípios é muito importante. “O Ministério Público não é inimigo dos
gestores, nem vice-versa. Parceria e diálogo são a melhor maneira de construir
um país, um estado e um município melhor”, disse Erlanio.
O presidente
da Famem destacou que desde que assumiu o comando da entidade vem mantendo
encontros regulares com o Procurador Geral de Justiça para tratar sobre
assuntos de extrema relevância para os municípios.
Prefeito de Conceição do Lago-Açu, Alexandre Lavepel, Cascaria, prefeito de Barra do corda, Eric Costa e diretor executivo da Famem, Fonsequinha. |
“Entre outros
temas, buscamos parceria com o Ministério Público para que tenhamos a
arrecadação de impostos das empresas que realizam obras em nossas cidades a
partir de contratos com o Governo do Estado e não recolhem nenhum tributo ao
município. Esse imposto nem fica com o estado e nem com o município, mas está
lá na planilha das grandes empresas. Nós estamos lutando por essa receita”,
explicou Erlânio aos mais de 80 prefeitos presentes no evento.
Dentro do
prazo de 30 dias, a coordenação jurídica da Famem, chefiada pelo advogado
Guilherme Mendonça, concluirá o levantamento técnico com informações obre
legislação tributária e cada município maranhense. A Famem já iniciou o
recolhimento dos códigos tributários junto aos prefeitos.
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