O repasse do Fundo de Participação dos
Municípios (FPM) referente ao terceiro decêndio do mês será creditado na
próxima sexta-feira, 29 de março. As prefeituras brasileiras devem receber R$
2.437.455.662,85, já descontada a retenção do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb). Em valores brutos, incluindo o Fundeb, o montante chega a R$
3.046.819.578,56.
A base de
cálculo do decêndio é dos dias 11 a 20 do mês corrente e geralmente representa
em torno do 30% do valor esperado para março inteiro. Segundo os dados da
Secretaria do Tesouro Nacional (STN), comparado com mesmo período do ano
anterior, houve crescimento de 9,23% em termos nominais, ou seja, sem
considerar os efeitos da inflação. Deflacionado, o aumento fica em 5,23%. Já o
acumulado do mês registrou crescimento de 13,36% sem considerar a inflação.
Corrigindo os valores, março fecha com aumento de 9,21%, comparado ao mesmo
período de 2018.
Distribuição e
comportamento 2019
Do total a ser
repassado, os Municípios de coeficientes 0,6 – que representam a maioria (2.461
ou 44,20%) – ficarão com R$ 606.429.992,34, ou seja, 19,90%. A Confederação
Nacional de Municípios (CNM) lembra que os Entes municipais de coeficiente 0,6
se diferem para cada Estado, uma vez que cada um tem um valor da participação
do Fundo. Ou seja, os 0,6 no Estado de Roraima se diferem dos 0,6 do Rio Grande
do Sul. Já os Municípios de coeficiente 4,0 (166 ou 2,98%) ficarão com R$
392.251.492,85, ou seja, 12,87% do que será transferido.
No estudo
deste decêndio elaborado pela equipe técnica da Confederação – em que podem ser
consultados os valores por coeficiente e por Estado –, percebe-se comportamento
positivo no terceiro mês do ano, com relação ao acumulado de 2019. O total
repassado no período de janeiro até o atual decêndio de março aumentou 11,18%
em termos nominais (sem considerar os efeitos da inflação) em relação ao mesmo
período de 2018. Considerando a inflação, o FPM cresceu 7,10%.
Atenção ao
planejamento
Como a
entidade municipalista vem alertando, o FPM não apresenta uma distribuição
uniforme ao longo do ano e, se avaliado o comportamento mês a mês, notam-se
dois ciclos distintos: o primeiro semestre, com maiores repasses (fevereiro e
maio); e os meses de julho a outubro, com redução significativa, principalmente
em setembro e outubro.
A série
histórica do Fundo revela uma entrada elevada de recursos nas contas municipais
nos primeiros três meses do ano, quando os gestores municipais devem manter
cautela em suas gestões e ficar atentos ao gerir os recursos. É preciso
planejamento e reestruturação dos compromissos financeiros das prefeituras para
que seja possível o fechamento das contas.
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