A segunda
transferência constitucional do Fundo de Participação dos Municípios (FPM)
deste mês entra nas contas nesta quarta-feira, 20 de março. Com redução em
relação ao ano passado, as 5.568 prefeituras dividirão R$ 469,7 milhões, valor
que considera a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Com o
porcentual destinado ao financiamento da educação, o bolo dos governos locais
contabiliza R$ 587.245.664,55 – do dia 1º ao dia 10.
O levantamento
da Confederação Nacional de Municípios (CNM) tem por base os dados da
Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Segundo a estimativa, o Fundo apresenta
redução de 7,52%, em comparação com o segundo repasse de 2018, sem considerar os
efeitos da inflação, pois, quando a considera, a redução passa para 10,90%. No
entanto, o saldo do mês continua positivo por conta do bom desempenho na
primeira transferência do mês.
Ao somar os
dois repasses de março – R$ 4,4 bilhões e R$ 587 milhões – e aplicar a inflação
do período, o crescimento do FPM foi de 11,78% de um ano para o outro. De
janeiro até agora, o fundo dos Municípios apresenta crescimento de 11,42% em
termos nominais, sem considerar os efeitos da inflação. Ao considerar a
inflação, o acumulado em 2019 soma de R$ 25,5 bilhões e apresenta crescimento
de 7,32%.
Diante dos
números, o presidente da CNM, Glademir Aroldi, alerta para a sazonalidade do
fundo, que requer gestão aprimorada dos gestores locais, ao longo do ano. Ele
lembra que não regularidade nos valores transferidos é motivada,
principalmente, pelos resultados da atividade econômica. “É preciso ter
planejamento e reestruturação dos compromissos financeiros para que seja
possível fechar as contas com tranquilidade”, esclarece.
Aroldi explica
ainda que a partilha dos recursos é feita com base em parâmetros chamados de
coeficientes. “Municípios com coeficientes 0,6 são a maioria, mas ficam com
apenas 19,90% do total transferido”, aponta. Segundo mostra o levantamento da
Confederação, os valores dos coeficientes também se diferem de acordo com o
Estado.
Municípios de
coeficiente 0,6 do Acre, por exemplo, receberão R$ 32,2 mil, e prefeituras com
o mesmo coeficiente do Piauí receberão R$ 41,7 mil, os dois em valores brutos.
Já as localidades com coeficiente 4,0 – que são 2,98% do total – ficam 12,87%
do montante. O levantamento mostra que enquanto as 2.461 prefeituras 0,6 ficam
com R$ 116 milhões as 166 cidades 4,0 recebem R$ 75 milhões do total.
Da Agência CNM
de Notícias
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