Defensor da vaquejada e dos
esportes equestres, o deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA) comemorou a
aprovação, no Plenário da Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei que
regulamenta as práticas da vaquejada, do rodeio e do laço no Brasil (PL 8240/17).
O parlamentar maranhense destacou a importância dessa regulamentação para
evitar o crescimento da insegurança jurídica que, inclusive, chegou a cancelar
eventos nacionais recentemente.
Juscelino Filho explicou que a
vaquejada e os esportes equestres são manifestações culturais tradicionais que movimentam
a economia e criam empregos diretos e indiretos no país.
“O Projeto de Lei regulamenta
a nossa vaquejada, regulamenta o bem-estar animal, as práticas esportivas, as
manifestações culturais que envolvem o cavalo, as cavalgadas, rodeios, provas
de laço, tambor, etc. Com essa lei agora, estamos acabando com a insegurança
jurídica que ainda girava em torno dessas práticas esportivas e ainda estamos
beneficiando a economia e criando empregos. Agora, o projeto segue para sanção
presidencial”, disse o deputado após a votação do PL 8240/17.
Em julho deste ano, Juscelino
Filho já havia saído em defesa da vaquejada e dos esportes equestres. O
deputado manifestou-se fortemente no Plenário da Câmara e chegou a discutir o
tema com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e com representantes de
várias entidades ligadas aos esportes equestres do Brasil e ao agronegócio,
como a Associação Brasileira de Vaquejada (ABVaq), Associação Brasileira de
Criadores de Cavalo Crioulo (ABCCC), Associação Brasileira de Criadores de
Cavalos Quarto de Milha (ABQM), Sociedade Rural Brasileira e Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O projeto
O projeto é consequência
da Emenda Constitucional
96, que, entre outros pontos, reconhece a vaquejada como um bem de
natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro. A emenda
determinou a regulamentação da prática por uma lei específica, que assegure o
bem-estar dos animais envolvidos.
De acordo com o texto
aprovado, ficam reconhecidos o rodeio, a vaquejada e o laço como expressões
esportivo-culturais pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro de natureza
imaterial, sendo atividades intrinsecamente ligadas à vida, à identidade, à
ação e à memória de grupos formadores da sociedade brasileira.
Regras
A proposta aprovada nessa
terça-feira define as modalidades que passam a ser reconhecidas como
esportivas, equestres e tradicionais. Na lista estão, entre outras, o
adestramento, o concurso completo de equitação, o enduro, o hipismo rural, as
provas de laço e velocidade, a cavalgada, a cavalhada, o concurso de marcha, a
corrida, as provas de rodeio e o polo equestre.
O texto determina ainda que
deverão ser aprovados regulamentos específicos para o rodeio, a vaquejada, o
laço e as demais provas equestres, por suas respectivas associações, no
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Esses regulamentos terão
de contemplar regras que assegurem a proteção e o bem-estar dos animais, e
prever punições para os casos de descumprimento.
Sem prejuízo de outras leis
que tratem do bem-estar dos animais, deve-se, em relação à vaquejada, assegurar
água e alimentação suficiente sempre à disposição, assim como um local
apropriado para o descanso. Também será necessário prevenir ferimentos e
doenças por meio de instalações, ferramentas e utensílios adequados, além da
prestação de assistência médico-veterinária.
O projeto estabelece que os
promotores de eventos utilizem protetores de cauda em todos os bois, além de
garantirem uma quantidade mínima de areia lavada de 40 centímetros de
profundidade na faixa em que acontece a pontuação.
O principal destaque apresentado ao texto condicionava
esses eventos à apresentação de laudo de veterinário credenciado, além de
acompanhamento e fiscalização por parte das entidades da sociedade civil de
defesa dos animais.
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