Siqueira Campos. (Foto: Reprodução) |
Curiosamente um senador do
Tocantins, Siqueira Campos (DEM), protocolou no Senado Federal um projeto de
decreto legislativo criando o Maranhão do Sul.
A proposta já está tramitando na
CCJ do Senado e prevê a divisão do Maranhão. Se aprovado o referido projeto, o
Tribunal Regional do Maranhão realizaria um plebiscito para que a população
maranhense pela divisão ou não do Estado.
Continua...
De acordo com o projeto de
Siqueira Campos, o Maranhão do Sul seria composto pelos seguintes municípios:
Açailândia, Alto Parnaíba, Amarante do Maranhão, Arame, Balsas, Barra do Corda,
Benedito Leite, Bom Jesus das Selvas, Buriticupu, Buritirana, Campestre do
Maranhão, Carolina, Cidelândia, Davinópolis, Estreito, Feira Nova do Maranhão,
Fernando Falcão, Formosa da Serra Negra, Fortaleza dos Nogueiras, Governador
Edison Lobão, Grajaú, Imperatriz, Itaipava do Grajaú, Itinga do Maranhão,
Jenipapo dos Vieiras, João Lisboa, Lajeado Novo, Loreto, Mirador, Montes Altos, Nova Colina, Nova Iorque,
Pastos Bons, Porto Franco, Riachão, Ribamar Fiquene, Sambaíba, São Domingos do
Azeitão, São Félix de Balsas, São Francisco do Brejão, São 2 João do Paraíso,
São Pedro da Água Branca, São Pedro dos Crentes, São Raimundo das Mangabeiras,
Senador La Roque, Sítio Novo, Sucupira do Norte, Tasso Fragoso, e Vila Nova dos
Martírios.
Além disso, o projeto afirma que
os municípios que vierem a ser criados por desmembramento de qualquer um dos
relacionados neste artigo passam automaticamente fazer parte do grupo que
comporá o Maranhão do Sul.
Outros senadores aparecem também
na autoria do projeto, mas apenas a senadora Eliziane Gama (Cidadania) é a
única do Maranhão que assinou a proposta.
O senador Siqueira Campos
(DEM-TO) tomou posse na última semana ocupando a vaga deixada pelo senador
Eduardo Gomes (MDB-TO), que assumiu cargo no governo do estado.
Líder que deflagrou o movimento
popular pela criação dos estados do Tocantins e do Amapá, durante a Assembleia
Constituinte de 1988, Siqueira Campos defendeu, na cerimônia de posse, a
criação de mais 13 estados no Brasil.
Dentro do seu projeto, o senador
apresenta a justificativa para a criação de duas porções do estado do Maranhão.
“A ideia de desmembramento do
Estado do Maranhão em duas porções norte e sul não é nova, pois remonta ao
século dezenove. Mas as características que individualizam as duas metades do
Estado foram definidas já nos primórdios da nossa colonização. Com efeito, a
parte norte foi colonizada, predominantemente, por imigrantes vindos de
além-mar, como os portugueses, holandeses e franceses, interessados mais que
tudo no cultivo da cana de açúcar e no plantio do algodão, produtos então de
grande procura no mercado internacional. Já o sul do estado abrigou, mais que
tudo, nordestinos, que fixaram-se tanto na região dos Pastos Bons como nas
terras virgens e férteis das margens do Tocantins e seus afluentes, para lá
levando seu gado e seus costumes”, explicou.
Fonte: Jorge Aragão / O Imparcial
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