Vistoria
realizada pelo Ministério Público do Maranhão, por meio do Centro de Apoio
Operacional de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa
(CAOp-Proad), constatou que todas as prefeituras e câmaras de vereadores dos
217 municípios maranhenses possuem Portais da Transparência. Até 2018, 53
câmaras municipais e uma prefeitura não possuíam essas ferramentas.
O trabalho,
referente ao exercício de 2019 e entregue ao procurador-geral de justiça, Luiz
Gonzaga Martins Coelho em 27 de novembro passado, visa dar cumprimento ao
projeto Portal da Transparência previsto no Planejamento Estratégico do MPMA –
2016/2021, que obedece às determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC
nº 101/2000) e da Lei de Acesso à Informação (12.527/2011).
Em linhas
gerais, o estudo verificou um pequeno avanço no cumprimento pelos gestores da
exigência de garantir transparência nas administrações públicas. Nos nove itens
verificados, para os quais foram atribuídas notas que totalizam 10 pontos, as
câmaras de vereadores obtiveram média geral de 4,78. Em 2018, a nota foi apenas
2,56. Já as prefeituras, que, em 2018, na média geral, tiveram nota de 5,31, em
2019, subiram para 6,60 (relação completa AQUI).
Os melhores
resultados entre as câmaras municipais foram obtidos pelas de Fortaleza dos
Nogueiras e Coelho Neto, que alcançaram nota 9,0. A Câmara de Vereadores de São
Luís obteve apenas 5,5 de nota.
Entre as
prefeituras maranhenses, o melhor resultado foi obtido pela de Balsas, com 9,75
de nota. Outros municípios com bom desempenho foram os de Bacuri e São Domingos
do Azeitão, ambos com nota 9,25; e os de Axixá, Fortaleza dos Nogueiras,
Imperatriz, Governador Edison Lobão e Riachão, todos com nota 9,0 (confira a relação completa AQUI).
Neste quesito,
a Prefeitura de São Luís obteve nota 8,75, assim como os municípios de Água
Doce do Maranhão, Araguanã, Arari, Barra do Corda, Bom Lugar, Carutapera,
Centro do Guilherme, Coroatá, Nova Olinda do Maranhão, São José de Ribamar e
São Roberto.
ATUALIZAÇÃO
Embora tenham
sido verificados avanços no quesito transparência, no que se refere à
atualização dos dados, os números são bastante inexpressivos. Apenas 15,67% dos portais das prefeituras são atualizados adequadamente, conforme determinam a
Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei de Acesso à Informação. No caso dos legislativos municipais, esse percentual cai para 7,83%.
Segundo o
promotor de justiça Cláudio Rebêlo Correia Alencar, coordenador do CAOp-Proad,
o levantamento do Ministério Público do Maranhão MPMA, ao analisar os espaços
virtuais de fácil acesso ao cidadão, busca acompanhar a execução das políticas
públicas e a aplicação correta dos recursos públicos. “Mais uma vez, pelo
terceiro ano consecutivo, fizemos a análise dos portais de transparência de
todos os municípios e câmaras de vereadores do Estado do Maranhão, através do
trabalho árduo da equipe do CAOp-Proad. E o resultado demonstra que ainda há
muito o que fazer nos Municípios no que se refere à transparência”, comentou.
OMISSÕES
Ainda conforme
o estudo do MPMA, algumas omissões das Prefeituras e das Câmaras na manutenção
dos seus portais da transparência são mais destacadas. Nos 217 Municípios
maranhenses, apenas 72 Prefeituras (33,18% do total) divulgam os avisos de
licitações com a antecedência mínima exigida, bem como somente 86 (39,63%)
publicam a íntegra dos editais desses procedimentos licitatórios, com os
resultados e os contratos firmados.
Com relação à
folha de pagamento dos servidores municipais, o problema é ainda mais grave.
Somente 58 municípios, ou seja, 26,72% do total, disponibilizam para consulta
em seus portais o quadro de funcionários com seus respectivos dados
remuneratórios.
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