Equipamento
está sem uso no CEM Diamante
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Em uma
inspeção realizada no Centro de Especialidades Médicas e Diagnóstico Dr. Luiz
Alfredo Netto Guterres (CEM Diamante), no último dia 12, pela 19ª Promotoria de
Justiça Especializada de Defesa da Saúde, foi constatado que o equipamento
Fibroscan, adquirido pelo Estado do Maranhão em 2017 e que é usado para avaliar
a presença de fibrose e esteatose (gordura) no fígado, encontra-se ainda sem
utilização.
A vistoria,
que foi coordenada pela titular da 19ª Promotoria de Justiça Especializada,
Glória Mafra, faz parte de um Inquérito Civil (nº 026330-500/2018), instaurado
após informação prestada pela própria Secretaria de Estado de Saúde, de que o
equipamento (nota fiscal nº 8807) estava no almoxarifado do Estado do Maranhão
desde o dia 13 de setembro de 2017.
O aparelho
custou R$ 810 mil e foi adquirido com recursos do Ministério da Saúde, por meio
do Programa Federal das Hepatites Virais. O equipamento foi encontrado pelo
MPMA no CEM Diamante dentro da embalagem original.
“Este é o
único aparelho existente no Maranhão. Nem mesmo na rede particular de saúde há
um equipamento semelhante disponível, daí a importância de garantirmos o seu
funcionamento”, afirmou Glória Mafra.
Conforme
documento no inquérito civil, o Fibroscan chegou às dependências do centro
médico em 29 de abril deste ano e nunca foi instalado. A informação foi
confirmada pelo encarregado do almoxarifado central da Secretaria de Saúde,
Haroldo Baptista, responsável pelo envio do aparelho ao CEM Diamante.
Entre as
vantagens da utilização do Fibroscan para os pacientes, estão o fato de ser
menos invasivo, indolor e mais seguro que a biópsia, que exige anestesia e
demanda uso de leito. Além disso, o equipamento pode propiciar agilidade no
atendimento e resposta do exame em tempo real (o laudo é obtido de imediato).
PROVIDÊNCIAS
Diante da
constatação do fato, a promotora de justiça informou que vai encaminhar ofício
à importadora do Fibroscan para saber se a garantia do equipamento foi perdida
e para indicar uma empresa que avalie, segundo aspectos técnicos, se o
equipamento possui condições de uso.
Caso o
equipamento ainda esteja em condições de uso, o MPMA vai propor à Secretaria de
Estado da Saúde (SES) um acordo para que o equipamento seja colocado em
funcionamento, com a definição de prazo. “Em caso de impossibilidade de
funcionar no CEM Diamante, vamos sugerir que o aparelho seja cedido, em regime
de comodato, ao Núcleo de Fígado do Hospital Universitário da Ufma”, afirmou
Glória Mafra.
A própria
direção da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra
os hospitais universitários, já havia declarado interesse no empréstimo do
Fibroscan, tendo informado que possui três profissionais habilitados para
operacionalizar o aparelho.
No decorrer do
inquérito, em fevereiro deste ano, a Promotoria de Defesa da Saúde, ao saber da
notícia de que o Fibroscan estaria sem funcionar no almoxarifado da SES
recomendou a cessão ao Hospital Universitário sem custos para o Estado do
Maranhão. Em resposta, a secretária-adjunta de Assuntos Jurídicos da Secretaria
de Saúde, Lídia Schramm, informou que o equipamento será instalado no Centro de
Imagem do CEM-Diamante, sem mencionar o prazo.
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