Soleimani, com
o presidente do Irã, Hassan Rohani
Divulgação/Presidência do Irã
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Em mais de 20
anos no comando da Força Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária
Iraniana, o major-general Qasem Soleimani, de 62 anos, foi acusado por governos
estrangeiros de envolvimento em milhares de mortes no Oriente Médio.
O militar foi
assassinado na noite de quinta-feira (2), em um ataque norte-americano no
Iraque.
O governo dos
Estados Unidos acusa as milícias chefiadas por Soleimani de serem responsáveis
pelas mortes de centenas de soldados americanos no Iraque.
O Pentágono
afirmou em comunicado que "o general Soleimani estava ativamente
desenvolvendo planos para atacar diplomatas americanos e membros de serviço no
Iraque e na região".
Também o
acusam de ter aprovado o ataque de manifestantes à embaixada norte-americana em
Bagdá, na terça-feira (31), e o atentado contra uma base militar dos EUA no
Iraque, no mês passado, que matou um terceirizado.
Na Síria, os
grupos dele foram enviados para ajudar o ditador Bashar al-Assad, a partir de
2011, com o início da guerra civil. A proteção incluía ataques dos milicianos
ao povo sírio que se opunha ao governo de Assad.
Recentemente,
o militar era responsável por supervisionar o extermínio de outras centenas de
manifestantes anti-Irã em território iraquiano.
A história de
Qasem Soleimani caminha junto com a da revolução que levou o Irã a se tornar
uma teocracia xiita, em 1979. Naquela época, ele se juntou ao exército e
começou a ganhar status de herói nacional por sua participação na guerra do Irã
e Iraque (1980-1988).
O grupo
chefiado por ele desde 1998, a Força Quds é responsável por realizar atividades
clandestinas de guerra e inteligência em áreas de interesse do governo
iraniano. Até sua morte, o major-general se reportava diretamente ao líder
supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.
No Iraque,
grupos da Força Quds foram descritos em documentos norte-americanos como
"esquadrões da morte xiitas".
A unidade sob
o comando de Soleimani foi acusada pelo governo dos EUA de envolvimento direto
na captura e morte de quatro soldados americanos em Carbala, no Iraque, em
janeiro de 2007. No mesmo ano, o grupo foi acusado de promover um ataque a
bomba em um mercado de animais no centro de Bagdá.
O Pentágono
afirma que a força comandada por Soleimani treinou rebeldes para fabricar e
instalar bombas em estradas durante a invasão americana no Iraque, o que teria
resultado na morte de em torno de 600 soldados dos Estados Unidos.
A Força Quds
foi classificada como organização terrorista por diversos países, incluindo os
Estados Unidos, Israel, Canadá, Arábia Saudita e Barein.
O
major-general foi acusado pelo governo dos EUA de planejar o assassinato do
embaixador da Arábia Saudita no país, Adel Al-Jubeir, em 2011.
A morte de
Qasem Soleimani, em um bombardeio dos Estados Unidos ao comboio em que ele
estava, próximo ao aeroporto de Bagdá, retira de cena o mais importante
estrategista da influência iraniana no Oriente Médio, o chamado eixo xiita.
No entanto,
especialistas ouvidos pelo R7 afirmam que a resposta do Irã aos Estados Unidos
não deve ser sutil. A perda de um oficial militar desse nível prejudica
profundamente o país persa e sua tentativa de hegemonia na região.
Em nota, o
presidente do Irã, Hassan Rohani, lamentou a morte de Soleimani e prometeu
retaliação. "Sem dúvida, a vingança por esse crime hediondo será tomada
pela grande nação e por outras nações livres da América criminosa",
afirmou.
Fernando
Mellis, do R7 Internacional
Essa é a função de um general do exército ���� defender o País dele que vive em guerra.
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