A Famem apóia
a manifestação conjunta do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de
Assistência Social – CONGEMAS e o Fórum Nacional de Secretários de Estado da
Assistência Social – FONSEAS sobre o corte de recursos para a Assistência
Social comprovada por meio da portaria 2.362/19, publicada pelo Ministério da
Cidadania em 20 de dezembro de 2019.
Na reunião da
Comissão Intergestores Tripartite, realizada em 12 de fevereiro, o Ministério
da Cidadania informou que na Lei Orçamentária Anual, LOA, o valor aprovado para
a Assistência Social recursos é da ordem de R$1.357.888,00.
Esse valor
corresponde a 40% do orçamento de R$ 2,7 bilhões aprovado pelo Conselho
Nacional de Assistência Social que considera os recursos da LOA insuficientes
para manter a atual rede de serviços no SUAS.
Na prática
significa deixar de realizar mais de 25 milhões de atendimentos por ano às
pessoas e às famílias em situação de vulnerabilidade e risco. Isso sem
considera as demandas sociais não atendidas até 2016 pelo Sistema Único de
Assistência Social, SUAS por meio de recursos pactuados e garantidos.
Em nota, o
Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social – CONGEMAS e o
Fórum Nacional de Secretários de Estado da Assistência Social – FONSEAS,
instâncias legítimas de representação do conjunto dos municípios, Distrito
Federal e dos estados brasileiros no Sistema Único de Assistência Social –
SUAS, se posicionaram sobre o assunto.
Os gestores
reivindicam medidas urgentes de parlamentares e do Executivo federal, para a
garantia da manutenção da atual rede de serviços prestados à população mais
pobres e com direitos violados no Brasil.
Existem ainda
outros agravantes, como a não previsão de recursos para as Ações Estratégicas
do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e do IGDSuas, recurso destinado
à qualificação da gestão.
O presidente
da Famem, Erlanio Xavier, esteve reunido com a presidente do Congemas, Andreia
Lauande, para tratar sobre estes cortes de recursos para manutenção de serviços
prestados à população
“O corte
atinge gravemente à população com direitos violados, o que inclui pessoas
tuteladas pelo Estado brasileiro em acolhimentos institucionais, pessoas e
famílias em condição de vulnerabilidade social, decorrentes, especialmente da
pobreza”, citou Andreia Lauande, secretária de Assistência Social e Crianças de
São Luís.
Segundo a nota
dos gestores da Assistência Social, nos primeiros meses do exercício de 2020
foi observado os efeitos drásticos da Portaria 2.362/19, uma vez que as
parcelas repassadas pelo Fundo Nacional de Assistência Social, ou seja,
recursos de responsabilidade do governo federal sofreram reduções entre 30 e
40%.
Como consequência
desse corte, gestores municipais serão obrigados a reduzir atendimento e fechar
equipamentos públicos, especialmente os Centros de Referência de Assistência
Social – CRAS, presentes em todo o Brasil, os Centros de Referência
Especializados de Assistência Social – CREAS e os Centros Especializados de
Atendimento à População em Situação de Rua – Centro Pop.
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