sábado, 14 de março de 2020

Prefeito Aluisinho do Posto comenta sobre protestos de professores em Esperantinópolis


A polêmica do reajuste salarial dos professores municipais concursados de Esperantinópolis continua gerando enorme repercussão na cidade. Nesta semana aconteceu uma sessão bastante tumultuada na Câmara Municipal, em que foi preciso convocar forças policiais para garantir a ordem durante os trabalhos do legislativo municipal.

A sessão discutiu o projeto de contratação de servidores e os vereadores se colocaram a disposição para ouvir as duas partes: a administração municipal e os professores presentes que realizavam protesto. A confusão gira em torno da decisão do MEC, que orientou o aumento salarial dos professores para 12,54; o Prefeito Aluisinho do Posto concedeu o aumento de 7%, alegando dificuldades financeiras no município. A decisão tem gerado polêmica entre partes dos professores que chegaram a fazer alguns protestos na cidade.

O prefeito Aluisinho afirma que, em virtude de vários aumentos ao longo dos anos conquistados pela classe docente esperantinopense, mesmo com aumento de 7%, os professores de Esperantinópolis ganham bem acima dos salários dos professores de municípios que receberam 12% de aumento neste ano e, que apenas 15% dos professores estariam envolvidos nestes protestos.  Para o prefeito, o grupo estaria motivado por questões políticas em vista do ano eleitoral e que mais de 80% dos professores apoia a decisão de seu governo.

Nesta sexta-feira (13), o prefeito Aluisinho fez algumas ponderações ao blogueiro Carlinhos. Veja o que ele respondeu sobre o assunto:

Prefeito Aluisinho: “Não são todos os professores que estão envolvidos nessa agitação, trata-se de uma turma que representa uns 15% dos profissionais da classe no município. Não é de hoje, mas se buscarem os históricos dos nossos reajustes desde 2010, verá que concedemos reajustes acima do piso proposto pelo Governo Nacional, exceto em 2018, porém, neste ano não está sendo possível. Ano passado, o aumento que concedemos chegou a representar 90% dos recursos do FUNDEB para o efetivo da educação, ou seja, ficou muito acima do que se poderia fazer e ficamos com problemas para manter os pagamentos. Neste ano, fizemos o aumento de 7%, porém, mesmo assim temos o piso salarial de R$ 1521,86 para o professor com 20 horas. Isso vai para aproximadamente R$ 3.040,00 com 40 horas de trabalho. Aqui tem um problema de ganhos vinculados em porcentagem, onde há casos de professores com o salário correspondente às 20 horas que chegam a tirar quase 3000 reais... Um valor que não conseguimos manter. Também há uma quantidade grande de professores com redução de carga horária, muitos deles já com idade, que poderiam estar aposentados, mas como não temos previdência própria, para eles irem ao INSS perdem valor de salário, o que é injusto. Realmente, é um momento em que precisamos de mais recursos e na verdade estamos com menos.”

Prefeito Aluisinho: “Esses professores que protestam não lutam pela classe como um todo, mas pelo seu individualismo, principalmente neste ano de política. Eles não querem enxergar o que o Município vem fazendo ao longo dos anos para a melhoria da Educação, que avançou muito, pois tivemos a coragem de tirar um pouco dessa desigualdade entre a escola pública e privada.”

Prefeito Aluisinho: “Se você olhar a quantidade de municípios que deram o aumento de 13%, e pegar o valor de piso salarial deles, verá que é inferior ao nosso. Nós, só com 7% de aumento, ainda pagamos um dos melhores pisos salariais da região. Eles estão olhando só para a categoria deles, em vez de olharem o Município como um todo. Mais de 80% da classe vem colaborando com nossas decisões. Somos muito gratos pelos professores e continuaremos lutando por eles. Quanto aos insatisfeitos, muitos deles, nas administrações passadas, tinham suas gratificações aumentadas para ficarem de bico fechado.”

Prefeito Aluisinho: “Na manifestação de quarta, quantas pessoas de fora tinham? Daqui de Esperantinópolis só tinham uns 20, já os principais baderneiros vinham de outras cidades. Aquilo não era manifestação, era baderna, tudo para impedir a votação de um projeto de lei para contratação, eles não querem aceitar que o município tenha contrato, tudo para empossar, através de ações de um concurso que inclusive ultrapassou o limite de excedentes. Mas mesmo assim eles ficam forçando para inviabilizar minha Administração. O município não tem condições pagar seus funcionários efetivos caso efetive esses excedentes de um concurso finalizado.”

Informações - Carlinhos Filho


Location: Esperantinópolis, MA, 65750-000, Brasil

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