A polêmica do
reajuste salarial dos professores municipais concursados de Esperantinópolis
continua gerando enorme repercussão na cidade. Nesta semana aconteceu uma
sessão bastante tumultuada na Câmara Municipal, em que foi preciso convocar
forças policiais para garantir a ordem durante os trabalhos do legislativo
municipal.
A sessão
discutiu o projeto de contratação de servidores e os vereadores se colocaram a
disposição para ouvir as duas partes: a administração municipal e os
professores presentes que realizavam protesto. A confusão gira em torno da
decisão do MEC, que orientou o aumento salarial dos professores para 12,54; o
Prefeito Aluisinho do Posto concedeu o aumento de 7%, alegando dificuldades
financeiras no município. A decisão tem gerado polêmica entre partes dos
professores que chegaram a fazer alguns protestos na cidade.
O prefeito
Aluisinho afirma que, em virtude de vários aumentos ao longo dos anos
conquistados pela classe docente esperantinopense, mesmo com aumento de 7%, os
professores de Esperantinópolis ganham bem acima dos salários dos professores
de municípios que receberam 12% de aumento neste ano e, que apenas 15% dos
professores estariam envolvidos nestes protestos. Para o prefeito, o grupo estaria motivado por
questões políticas em vista do ano eleitoral e que mais de 80% dos professores
apoia a decisão de seu governo.
Nesta
sexta-feira (13), o prefeito Aluisinho fez algumas ponderações ao blogueiro
Carlinhos. Veja o que ele respondeu sobre o assunto:
Prefeito
Aluisinho: “Não são todos os professores que estão envolvidos nessa agitação,
trata-se de uma turma que representa uns 15% dos profissionais da classe no
município. Não é de hoje, mas se buscarem os históricos dos nossos reajustes
desde 2010, verá que concedemos reajustes acima do piso proposto pelo Governo
Nacional, exceto em 2018, porém, neste ano não está sendo possível. Ano
passado, o aumento que concedemos chegou a representar 90% dos recursos do
FUNDEB para o efetivo da educação, ou seja, ficou muito acima do que se poderia
fazer e ficamos com problemas para manter os pagamentos. Neste ano, fizemos o
aumento de 7%, porém, mesmo assim temos o piso salarial de R$ 1521,86 para o
professor com 20 horas. Isso vai para aproximadamente R$ 3.040,00 com 40 horas
de trabalho. Aqui tem um problema de ganhos vinculados em porcentagem, onde há
casos de professores com o salário correspondente às 20 horas que chegam a
tirar quase 3000 reais... Um valor que não conseguimos manter. Também há uma
quantidade grande de professores com redução de carga horária, muitos deles já
com idade, que poderiam estar aposentados, mas como não temos previdência
própria, para eles irem ao INSS perdem valor de salário, o que é injusto.
Realmente, é um momento em que precisamos de mais recursos e na verdade estamos
com menos.”
Prefeito
Aluisinho: “Esses professores que protestam não lutam pela classe como um todo,
mas pelo seu individualismo, principalmente neste ano de política. Eles não
querem enxergar o que o Município vem fazendo ao longo dos anos para a melhoria
da Educação, que avançou muito, pois tivemos a coragem de tirar um pouco dessa
desigualdade entre a escola pública e privada.”
Prefeito
Aluisinho: “Se você olhar a quantidade de municípios que deram o aumento de
13%, e pegar o valor de piso salarial deles, verá que é inferior ao nosso. Nós,
só com 7% de aumento, ainda pagamos um dos melhores pisos salariais da região.
Eles estão olhando só para a categoria deles, em vez de olharem o Município
como um todo. Mais de 80% da classe vem colaborando com nossas decisões. Somos
muito gratos pelos professores e continuaremos lutando por eles. Quanto aos
insatisfeitos, muitos deles, nas administrações passadas, tinham suas
gratificações aumentadas para ficarem de bico fechado.”
Prefeito
Aluisinho: “Na manifestação de quarta, quantas pessoas de fora tinham? Daqui de
Esperantinópolis só tinham uns 20, já os principais baderneiros vinham de
outras cidades. Aquilo não era manifestação, era baderna, tudo para impedir a
votação de um projeto de lei para contratação, eles não querem aceitar que o
município tenha contrato, tudo para empossar, através de ações de um concurso
que inclusive ultrapassou o limite de excedentes. Mas mesmo assim eles ficam
forçando para inviabilizar minha Administração. O município não tem condições
pagar seus funcionários efetivos caso efetive esses excedentes de um concurso
finalizado.”
Informações - Carlinhos Filho
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