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A Polícia Federal, com o apoio da
Controladoria Geral da União – CGU, deflagrou na manhã desta terça-feira 9 de
junho de 2020, nas cidades de São Luís/MA e São José do Ribamar/MA, a Operação
“COBIÇA FATAL” com a finalidade de desarticular associação criminosa voltada a
fraude em licitações com o intuito de desviar recursos públicos federais que
seriam usados no enfrentamento do novo coronavírus (COVID-19) em São Luís/MA.
Durante a investigação, foram
verificados indícios de superfaturamento na compra de 320.000 (trezentos e
vinte mil máscaras) máscaras pela Secretaria Municipal de Saúde de São Luís –
SEMUS, no valor unitário de R$ 9,90 (nove reais e noventa centavos).
Considerando que o preço médio praticado no mercado nacional é de R$ 3,17 (três
reais e dezessete centavos), tem-se um superfaturamento aproximado de R$
2.306.600,00 (dois milhões, trezentos e seis mil e seiscentos reais).
Não bastasse isso, documentos que
robustecem a investigação, demostram que, poucos dias antes do processo de
dispensa de licitação, a Prefeitura de São Luís, por meio da própria SEMUS,
havia contratado o fornecimento de máscaras do mesmo modelo junto a outra
empresa pelo de R$ 2,90 (dois reais e noventa centavos) a unidade, totalizando
a quantia de R$ 980.000,00 (novecentos e oitenta mil), perfazendo a diferença
de mais de 341% (trezentos e quarenta e um por cento).
Investiga-se, ainda, possíveis
fraudes em processos licitatórios dessas empresas revendedoras de insumos
hospitalares superfaturados nos municípios de Timbiras/MA, e Matinha/MA.
Sabe-se também que a principal empresa investigada também já teria formalizado
contratos, após dispensa de licitação, para fornecer insumos para o combate ao
COVID-19 com os municípios de Icatu/MA, Cajapió/MA, Lago do Junco/MA, e Porto
Rico do Maranhão/MA Durante a deflagração da operação foram empregados 60
(sessenta) policiais federais da Superintendência Regional do Maranhão para o
cumprimento de 03 (três) Mandados de Prisão Temporária, e 14 (quatorze)
Mandados de Busca e Apreensão, além do sequestro de bens, bloqueio de contas
dos investigados no valor de R$ 2.306.600,00 (dois milhões trezentos e seis mil
e seiscentos reais). As ordens judiciais foram expedidas pelo juiz da 1ª Vara
Federal de São Luís/MA.
Os investigados poderão responder
pelos crimes de corrupção ativa (Art. 333, caput, do CPB), corrupção passiva
(Art. 317, caput, do CPB), lavagem de dinheiro (Art. 1º, caput, da Lei nº
9.613/98), fraude em processo licitatório (Art. 90 da Lei nº 8.666/93),
superfaturamento na venda de bens (Art. 96, I da Lei nº 8.666/93) e associação
criminosa (Art. 288 do CPB). A Operação foi denominada “COBIÇA FATAL” em
referência ao desejo imoderado de riqueza, fazendo com que até se desvie
recursos vitais para a proteção de pacientes e servidores da área da saúde.
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