terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Defensora pública que pediu lockdown no Maranhão e culpou população por 'relaxamento' ‘curtiu a pandemia’ fazendo tour pela Europa

 Gilberto Léda



A defensora pública estadual Clarice Binda, titular do Núcleo de Direitos Humanos da DPE e uma das signatárias do pedido de decretação de lockdown de 14 dias em todos os municípios do Maranhão, curtiu alguns dias entre a França e a Itália, no ano passado, em meio à pandemia.

Em setembro, ela viajou à Europa e comemorou seu aniversário em família.

Nesse período, esteve em Paris, Saint-Tropez, Cannes e Florença, segundo publicações em sua página pessoal no Instagram.

Em alguns dos registros, aparece desfrutando de estabelecimentos comerciais como bares, restaurantes e cafés, ou de praias, sem máscara.

França e Itália são dois dos países mais atingidos pela Covid-19 em todo o mundo.

Quatro meses depois, já no Maranhão, Clarice Binda assina um pedido para que a Justiça decrete novo lockdown no Maranhão – desta vez, no entanto, não apenas na Grande Ilha, mas em todo o estado. E usa como um dos argumentos o fato de que a população relaxou em relação às medidas sanitárias.

“Ocorre Exa. que, infelizmente, com o passar do tempo, o cenário de controle da pandemia no estado do Maranhão mudou. Nos últimos meses, com a estabilização do contágio, houve uma flexibilização das medidas de restrição de circulação e, principalmente, devido as festividades do fim do ano de 2020, a população passou a viver como se o vírus não estivesse mais em circulação no nosso estado”, destacam Binda e seus colegas defensores na peça.

Se isso não for, no mínimo, incoerente.

Em tempo: a defensora foi procurada para falar a respeito do assunto, mas ela ainda não se manifestou. O espaço está aberto.



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