Cícero Filho dirigindo a peça teatral 'Paixão de Cristo' em Poção de Pedras, em março de 2015 |
Quando de se
referir a alguém que ousou romper barreiras para produzir cinema no interior do
Maranhão e Piauí, revolucionando o conceito que se tinha da contribuição
nordestina para o cinema brasileiro: este alguém é o jovem jornalista e cineasta Cícero
Filho. Há 10 anos seria concebido o estopim de sua carreira intitulado “Ai
Que Vida”, que ganhou as telas composto por pessoas da própria comunidade, e levou o nome de nossa cultura ao mundo, arrancando
risos e suspiros através de personagens cômicos que se consagraram no gosto
popular, como o “Zé Leitão”, “Cleonice”, “Gerode” e “Charleni”.
Relembrando as dificuldades enfrentadas no decorrer do processo, Cícero postou
em seu perfil um depoimento emocionante e arrebatador:
“O roteiro? AI QUE VIDA! Quanto em caixa para realizar a produção? Apenas o meu salário de estagiário, que na época não passava de setecentos reais. Eu não tinha noção do que estava prestes a enfrentar tão pouco das consequências. Lembro-me como se fosse hoje do diálogo com minha querida amiga Irisceli Queiroz, que no longa deu vida a Charlene. “Tenho aqui um roteiro em disquete. Queria que você lesse, é engraçado e bem nordestino. As falas são cheias de expressões da gente, e se gostar, poderíamos gravar.”, entreguei o disquete para Irisceli, logo leu o roteiro, gostou, mas deixou claro do quanto difícil seria transformar aquele roteiro em realidade, daí falei “Olha, ano passado realizamos ENTRE O AMOR E A RAZÃO, e todos falavam que não conseguiríamos, então acredito que este não será diferente. Embarca nessa?”, perguntei, ela prontamente, como companheira de muitas batalhas disse ”SIM”, suas palavras foram como combustível para a minha vontade de realizar mas um filme.
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