Em uma
reportagem exclusiva da revista IstoÉ que chega às bancas este final de semana,
o senador Delcidio Amaral faz uma série de delações bombásticas à força-tarefa
da Lava Jato. O depoimento, obtido pela revista, complicam a situação política
da presidente Dilma e comprometem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo a
reportagem, pouco antes de deixar a prisão, no dia 19 de fevereiro, o senador
Delcidio Amaral (PT-SP) fez um acordo de delação premiada com a força-tarefa da
Lava Jato. O documento, de 400 páginas,
mostra segundo a revista o mais explosivo relato até agora revelado sobre o
maior esquema de corrupção no Brasil - e outros escândalos que abalaram a
República, como o mensalão.
De acordo com
a revista, com extraordinária riqueza de detalhes, o senador descreveu a ação
decisiva da presidente Dilma Rousseff para manter na estatal os diretores
comprometidos com o esquema do Petrolão e demonstrou que, do Palácio do
Planalto, a presidente usou seu poder para evitar a punição de corruptos e
corruptores, nomeando para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) um ministro que
se comprometeu a votar pela soltura de empreiteiros já denunciados pela Lava Jato.
O senador
Delcídio também afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha
pleno conhecimento do propinoduto instalado na Petrobras e agiu direta e
pessoalmente para barrar as investigações - inclusive sendo o mandante do
pagamento de dinheiro para tentar comprar o silêncio de testemunhas. O relato
de Delcídio é devastador e complica de vez Dilma e Lula, pois se trata de uma
narrativa de quem não só testemunhou e esteve presente nas reuniões em que
decisões nada republicanas foram tomadas, como participou ativamente de
ilegalidades ali combinadas a mando de Dilma e Lula, segundo ele.
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Lula sabia de tudo do petróleo
Delcídio afirmou que Lula tinha pleno conhecimento do propinoduto instalado na Petrobras.
Pela proximidade com o ex-presidente, o depoimento do senador tem mais peso que o de Alberto Youssef a respeito.
Mas a informação, com base na delação do doleiro mais tarde tornada pública, foi revelada por VEJA em outubro de 2014, às vésperas da eleição, o que gerou ataques por parte do PT.
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