Ex-presidente
da Câmara foi condenado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão
fraudulenta de divisas
O juiz federal
Sérgio Moro condenou o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB)
a 15 anos e 4 meses de prisão. Cunha foi condenado pelos crimes de corrupção
passiva, por três crimes de lavagem de dinheiro e dois de evasão fraudulenta de
divisas.
O peemedebista
foi condenado em ação penal sobre propinas na compra do campo petrolífero de
Benin, na África, pela Petrobrás, em 2011. A sentença afirma que Cunha recebeu
US$ 500 mil, o que equivale a cerca de R$ 4.643.550,00.
Em relação ao
crime de lavagem de dinheiro, Moro considerou de "especial
sofisticação", já que o Cunha tinha não somente uma, mas duas contas
secretas no exterior, em nome de trusts diferentes, com transações entre elas.
Especula-se que Temer tenha antecipado a volta da viagem ao Japão para ter uma conversa muito séria com o ministro da Justiça a respeito da inesperada e desastrosa prisão de Eduardo Cunha.
Daquelas que não se pode ter ao telefone.
Temer teria dito a Alexandre de Moraes que a delação premiada de Cunha, que virá mais cedo ou mais tarde, deve ser mantida em sigilo. Custe o que custar. Impedi-lo de falar não é mais possível, mas vazamentos não serão admitidos.
O recado ou a ordem foi transmitida por Moraes ao chefe da Polícia Federal em reunião da qual saiu falando à imprensa a respeito do episódio conhecido como “Spy vs. Spy”, só para despistar.
Calar Cunha: essa é a ordem do Planalto.
Temer começou a semana proclamando-se candidato a salvador da pátria e levando ao mundo a boa nova de que o Brasil “estava recomeçando”.
Mas termina escancarando a fragilidade do seu governo e lutando para salvá-lo e se salvar.
Esse é um governo que não resiste a uma delação premiada.
Deputado Hildo Rocha, administrador do grupo, excluiu o peemedebista depois de saber que a PF havia apreendido o celular do peemedebista, na madrugada de quinta
Imagem: O Imparcial
BRASÍLIA -
Menos de 24 horas após a notícia de sua prisão, na madrugada desta
quinta-feira, 20, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi excluído do grupo
de WhatsApp formado pela bancada do PMDB na Câmara. Apesar de ter tido o
mandato cassado há mais de um mês, o peemedebista ainda era membro do grupo no
aplicativo.
Segundo
relatos de parlamentares do PMDB, o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA),
administrador do grupo, excluiu Cunha à 1h35, cerca de doze horas depois da
prisão e após saber que a PF havia apreendido o celular do ex-deputado. Com a
exclusão, os investigadores não terão mais acesso às novas conversas da
bancada, embora possam ver debates anteriores, de quando Cunha ainda era membro
do grupo.
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Ex-deputado federal pelo PMDB-RJ, Eduardo Cunha foi preso preventivamente pela Polícia Federal em Brasília
O deputado
cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi preso em Brasília nesta quarta-feira (19),
por volta das 13h30, segundo divulgou a Globo News. A prisão foi decretada na
terça-feira pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal no Paraná. Um
dos motivos para prisão de Cunha, segundo a Polícia Federal, é que ele estaria
destruindo provas em sua casa.
O peemedebista
perdeu o mandato de deputado federal em setembro, após ser cassado pelo
plenário da Câmara Federal.
Com a perda do
mandato, ele deixou de ter foro privilegiado, que é o direito de ser processado
e julgado no Supremo Tribunal Federal (STF) e o processo foi transferido para a
13ª Vara da Justiça Federal no Paraná.
Processo
No despacho em
que recebeu a denúncia, Moro fez questão de lembrar que o MPF retirou a
acusação de crime eleitoral contra Eduardo Cunha. O motivo, segundo o juiz, foi
o fato de que a Justiça Federal não poderia julgar crimes eleitorais. Isso cabe
apenas à Justiça Eleitoral.
Cláudia Cruz,
mulher de Cunha, já responde por lavagem de dinheiro e evasão de divisas na
Justiça Federal do Paraná. De acordo com as investigações, Cláudia Cruz foi
favorecida, por meio de contas na Suíça, de parte de valores de propina de
cerca de US$ 1,5 milhão recebida pelo marido.
Pessoas que passaram pelo local filmaram o incidente; ex-parlamentar disse que tomará "medidas cabíveis"
O deputado
cassado Eduardo Cunha foi agredido fisicamente por uma idosa no Aeroporto Santos
Dumont, no Rio de Janeiro.
Em um vídeo
publicado no Facebook, o ex-parlamentar aparece empurrando um carrinho com
malas pelos corredores do aeroporto, quando uma mulher idosa não identificada
bate nele com uma bolsa.
Pessoas que
passavam pelo local riram do incidente e gritaram coisas como "roubou o
Brasil" e "pega ladrão".
De acordo com
informações do jornal O Globo, o caso teria acontecido no último dia 6. O
ex-deputado afirmou ao jornal que "pediu as imagens das câmeras de segurança e estará tomando as medidas para identificar
e processar" a mulher.
Em mensagem
publicada nesta quinta-feira (13) no Twitter, Cunha comentou o caso: "Continuo a dizer, podem vir me esperar,
será um prazer. Não vão me constranger", escreveu.
A Bancada Federal do Maranhão votou em peso pela cassação de Eduardo Cunha. Dos 18 deputados federais do Maranhão, 16 votaram pela cassação, o deputado Alberto Filho (PMDB) se absteve da votação e o Júnior Marreca (PEN) esteve ausente da sessão. Veja abaixo o quadro de votação dos deputados maranhenses.
Abaixo como votaram os deputados maranhenses:
Após uma novela que se arrastou por mais de 11 meses, a Câmara dos Deputados determinou na noite desta segunda-feira (12) a cassação definitiva do mandato do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A pena imposta ao responsável pela abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff foi aprovada por 450 votos a 10 – eram necessários pelo menos 257 votos para aprovar a cassação. Houve ainda nove abstenções na votação, realizada de forma nominal e aberta, pelo painel eletrônico.
Eduardo Cosentino da Cunha, que renunciou à presidência da Câmara em julho, era acusado de quebra de decoro parlamentar por ter mentido durante depoimento à extinta CPI da Petrobras, no ano passado, quando negou possuir contas no exterior. Em outubro de 2015, no entanto, uma investigação iniciada pelo Ministério Público da Suíça revelou que o peemedebista era beneficiário de trustes – modalidade de investimento gerenciada por terceiros – no país europeu.
Foto: Deputados Alberto Filho (PMDB-MA) e André Fufuca
(PP-MA)
O Conselho de
Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Federal aprovou por 11 votos a favor e 9
contra o relatório do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) pela cassação do
deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por quebra de decoro parlamentar.
A reunião do
Conselho de Ética concluiu nesta tarde, depois de oito meses, o processo contra
o presidente afastado da Câmara.
Mesmo com
todas as provas contra Eduardo Cunha, os deputados maranhenses titulares da
Comissão de Ética votaram contra a cassação. Alberto Filho (PMDB) sempre deixou
claro que é contra a cassação de Cunha. André Fufuca também votou contra. Ele é
presidente estadual do PP e principal cabo eleitoral de Wellington do Curso
(PP).
Eduardo Cunha
foi acusado de ter mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da
Petrobras, em março de 2015, ao declarar não possuir contas no exterior e não
ter participado do esquema de corrupção investigado na estatal pela Operação
Lava Jato.
A expectativa
agora é que ele recorra à Comissão de Constituição e Justiça, a principal da
Câmara, composta por 66 deputados.
Caso a CCJ
decida a favor de Cunha, seus opositores devem apresentar recurso diretamente
ao plenário da Câmara para tentar colocar em votação o relatório pela cassação.
São
necessários 257 votos (maioria simples) para aprovar a perda de mandato. Como a
votação é aberta, opositores do peemedebista confiam na pressão da sociedade
para cassar o deputado.
O ministro
Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou hoje (5) o
afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato de deputado federal.
Com isso, ele
também precisa deixar a presidência da Câmara dos Deputados, que cai no colo do
vice-presidente, deputado Waldir Maranhão (PP-MA).
Zavascki
concedeu uma liminar em um pedido de afastamento feito pelo procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, que apontou 11 situações que comprovariam o uso do
cargo por Cunha para “constranger, intimidar parlamentares, réus,
colaboradores, advogados e agentes públicos com o objetivo de embaraçar e
retardar investigações”.
O PGR chama o
deputado de “delinquente” em um trecho da peça.
“Ante o
exposto, defiro a medida requerida, determinando a suspensão, pelo requerido,
Eduardo Cosentino da Cunha, do exercício do mandato de deputado federal e, por
consequência, da função de Presidente da Câmara dos Deputados”, diz trecho da
decisão.
O circo do
Conselho de Ética (!) e Decoro Parlamentar (!) da Câmara apresenta novos
números a cada dia.
Uma discussão
entre os deputados José Geraldo (PT-PA) e Wellington Roberto (PR-PB) durante
sessão desta quinta-feira acabou em troca de tapas.
Outros
parlamentares e seguranças da Casa tiveram de intervir para apartar a briga.
Os ânimos
começaram a se exaltar quando os aliados de Eduardo Cunha contestaram a
iniciativa de seus adversários de apresentarem uma proposta de afastamento do
presidente da Câmara.
O petista Zé
Geraldo acusou a “turma de Cunha” de tumultuar e atrapalhar os trabalhos da
comissão.
Wellington
Roberto, então, protestou, chamando Zé Geraldo de “bagunceiro”, e a confusão se
formou.
Assim como na
turminha da escola, os ânimos só foram acalmados depois que o deputado do PT
foi trocado de lugar e remanejado para uma cadeira distante de Roberto.
O presidente
da comissão lamentou o episódio: “Não posso aceitar o que aconteceu aqui agora.
Esse espetáculo deprimente para essa Casa envergonha a todos nós, envergonha
essa Casa e o Conselho de Ética”, disse José Carlos Araújo (PSD-BA).
“Aqui não é
lugar de disputa corporal. Vossas excelências o façam em outro lugar, e não
aqui”, continuou.
Este blog
obteve o vídeo da briga.
Assista a mais
este exemplo edificante de ética e decoro parlamentar.
A propósito:
O novo relator
do processo de Cunha, Marcos Rogério (PDT-RO), disse que irá apresentar o novo
parecer na terça-feira (15) e que deve manter a opinião pela continuidade do
processo.
O presidente
do Conselho quer votar o relatório na terça, mas a tropa de choque de Cunha
deve repetir a estratégia de adiar as sessões por meio de questionamentos
regimentais e manobras protelatórias.
Será difícil o
Conselho decidir ainda em 2015 se dará ou não continuidade, mas como este blog
avisou na quarta-feira, há chances de que a ação aconteça antes de 2045.
Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados do site Fotos Públicas
Deputados
favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT),
comemoraram há pouco a eleição da chapa número 2, que é formada pela
oposição e por dissidentes da base governista, incluindo deputados do
PMDB.
A chapa oposicionista foi eleita com 272 votos.
A
sessão foi polêmica e acabou interrompida, após três urnas terem sido
quebradas por deputados governistas. Houve agressões verbas e até
físicas entre membros da base governo e da oposição.
Pouco antes do fim da sessão, deputados pró-impeachment cantaram o Hino Nacional, também em coro.
Confira os nomes dos parlamentares que foram indicados por seus partidos para compor a chapa.