Uma equipe do programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, está no município de Zé Doca, para fazer uma ampla reportagem sobre a destruição da casa do agricultor Manoel França dos Santos, de 57 anos, conhecido como “Seu Mano”. Nesta quinta-feira, 21, a equipe esteve na prefeitura da cidade tentando conversar com a prefeita Josinha Cunha, irmã do deputado federal Josimar Maranhãozinho.
A destruição da casa de “Seu Mano” aconteceu nessa segunda-feira, 18, quando, acompanhada de um oficial de justiça, a Polícia Militar deu cumprimento a um mandado de reintegração de posse, requerido pela prefeitura de Zé Doca, e concedido pelo juízo da comarca local, em circunstâncias irregulares, pois não se trata de uma área da municipalidade e sim federal.
As fortes imagens da grave ação de destruição, como classificou o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), proprietário da área, em regulamentação, tiveram repercussão nacional e acabaram atraindo a atenção do programa Fantástico.
Apesar da área onde estava o imóvel destruído pertencer à União, que estava em processo de regulamentação com o dono da casa, o pedido de reintegração de posse foi feito pelo Município de Zé Doca, em 21 de junho deste ano.
Primeiro contato após a destruição – Apurou-se que o primeiro contado deles com a terra totalmente destruída, após a polêmica reintegração de posse, foi de muito choro e dor. Manoel e família retornaram ao local, nessa quarta-feira, 20, para ver como estavam os animais e o que havia sobrado de seu patrimônio. Viu animais mortos e uma completa destruição dos bens que levou mais de 15 anos para construir.
Quase 50 cidades do Maranhão estão sendo investigadas pelo
Ministério Público Federal (MPF) e pela Controladoria-Geral da União por
desvios de verbas da pandemia a partir de atendimentos médicos fantasmas. O
caso foi assunto no Fantástico da TV Globo nesse domingo (23).
Segundo apurou a reportagem, 93,3% de toda a verba do Brasil
destinada ao tratamento pós-Covid foram para cidades do Maranhão.
As prefeituras do Maranhão receberam R$ 1.099.809.089,13 nos
últimos dois anos apenas com emendas do relator voltadas para a Saúde. Das
quase 50 cidades suspeitas, 25 tiveram verbas bloqueadas.
Mata Roma, município com 17 mil habitantes, recebeu R$
743.533 de janeiro a maio de 2022 para tratar pacientes que tiveram Covid-19. O
valor é maior que o repasse de todas as cidades do Estado do Rio de Janeiro
juntas.
Para receber a verba, a prefeitura de cada cidade deve
listar os pacientes que tiveram a doença, e o recurso é transferido,
automaticamente, no mês seguinte do SUS para o fundo de saúde dos municípios.
A reportagem do Fantástico mostra ainda que Mata Roma tem
dois fisioterapeutas no serviço público. Isso quer dizer que na prática cada um
deveria atender 260 pacientes por dia.
Até o ano passado, havia 652 casos da doença em Mata Roma, e
o número de tratamento pós-Covid saltou para 34.280. Nesta lista de
reabilitação da Covid-19 aparecem inclusive nomes de pessoas que já faleceram
ou de quem afirmou nunca ter feito tratamento nenhum. Tem pessoas cujos nomes
constam em listas de outras cidades.
A Prefeitura de Mata Roma informou ao Fantástico que abriu
uma sindicância administrativa. que exonerou o secretário municipal de Saúde e
que está à disposição das autoridades. Disse também que até o início do próximo
mês todos os postos funcionarão.
“As investigações do Ministério Público do Maranhão apontam
para a possibilidade de um sistema informatizado talvez até com a utilização de
algoritmo suspeita de que existe uma coordenação na alimentação desses dados”,
afirmou o procurador da República Juraci Guimarães.
Outro município maranhense, Chapadinha, recebeu R$
3.983.585,40. É a recordista no montante de recursos no Brasil para tratamento
pós-Covid. A cidade recebeu mais que todas os Estados do Sudeste juntos, ainda
conforme apuração do Fantástico.
A cidade com 80.195 habitantes teria feito 207.969
atendimentos. O secretário de Saúde de Chapadinha, Alberto Carlos Pereira
Junior, disse à reportagem da TV Globo que não sabe o número exato de
atendimentos realizados, que dois técnicos que não residem na cidade são
responsáveis por lançar os dados no sistema. “A gente passou por uma auditoria
recente que investigou inclusive alteração de dados”, afirmou.
“As investigações se devem em duas frentes: a proteção do
patrimônio público, na outra frente, a responsabilidade criminal das pessoas
que inseriram esses dados falsos e que desviaram eventualmente esses recursos
públicos”, disse o procurador da República Juraci Guimarães.
Belágua, município com 7.528 habitantes teria 50 mil
atendimentos pós-Covid. A cidade, que registrou 446 casos da doença, recebeu R$
1.105.062,12 para tratamento de reabilitação de pacientes, valor maior que o
repasse feito à maioria dos Estados brasileiros, de acordo com os dados
SIA/SUS.
ASSISTA:
O MPF investiga o procedimento de alimentação do sistema de
saúde com dados falsos. O dinheiro vem das emendas dos deputados federais e
senadores, ou seja, o orçamento secreto direto para o caixa dos municípios.
“Essas informações eram inseridas em sessões de procedimentos que não eram
realizados possibilitando assim que no ano subsequente a emenda parlamentar
fosse repassada num valor fraudulento a mais do que deveria ser feito”, disse o
procurador da República.
Após a reportagem do Fantástico averiguar os tratamentos
fantasmas de pós-Covid e testes de HIV em Belágua, o prefeito Helton Costa Lima
(PSC-MA) disse à TV Globo que o erro foi do digitador.
O prefeito de Afonso Cunha, Arquimedes Bacelar (PDT-MA),
também respondeu que o levantamento é feito por um digitador. A cidade tem mais
de 6.631 habitantes, e no sistema consta que cada morador realizou 54 consultas
por ano. O número de ultrassonografias de próstata (18.474 exames) e
transvaginal (18.474 também) é três vezes maior que o número de habitantes. O
valor com tratamentos fantasmas em Afonso Cunha é de R$ 8.358.329.
A Procuradoria deve investigar a participação de
parlamentares envolvidos no caso dos atendimentos fantasmas e apurar se havia
digitadores estava a mando de autoridades.
O programa dominical da TV Globo,
Fantástico, enviou até Palmas, capital do Tocantins, o Repórter Secreto para
contar a história dos corruptos que escreviam para Deus em busca de perdão
pelos atos de ilícitos.
Situação
crítica da rodovia foi destaque na reportagem especial do Fantástico
‘Descaminhos do Brasil’, exibida na noite de domingo (2) pela Rede Globo.
Do G1 MA
O programa
Fantástico, da Rede Globo, exibiu mais uma reportagem sobre a situação das
estradas brasileiras e encontrou entre as piores uma rodovia do Maranhão. (Veja
a reportagem aqui)
Obras que
começam, consomem milhões de reais e não terminam nunca. Estradas tão ruins que
a viagem vira um teste de resistência.
No segundo
episódio da reportagem especial do Fantástico “Descaminhos do Brasil”, nossos
repórteres mostram as piores rodovias do país e descobre que é barro para todo
lado.
A MA-006, que
interliga as cidades de Grajaú, Arame, Formosa da Serra Negra e Fortaleza dos
Nogueiras, chama atenção do estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT)
apresentado pelo Fantástico que concluiu que ela é a pior rodovia do Maranhão.
Em muitos trechos não há mais asfalto, só terra.
"A
estrada está péssima demais meu amigo, só tem buraco ai", disse o
motorista Gilberto Araújo.
O governo do
Maranhão diz que quer reconstruir toda a estrada, mas falta a aprovação de um
financiamento.
A situação da
MA-006 não ajuda ninguém certo? Errado. O lavrador Manuel Vieira Mota recolhe
os grãos que os caminhões deixam no caminho depois de passar pela buraqueira.
Ele diz que a soja vai virar ração para porcos e galinhas. "É perigoso a
gente ficar aqui, mas é o jeito a gente precisa", disse o lavrador.
Flávio Dino e
Roseana Sarney: governos envolvidos em corrupção
Quando se
trata de corrupção nenhum dos governos Flávio Dino e Roseana Sarney têm moral
ética para apontar o dedo para outro. Os dois andam de mãos dadas quando o
assunto é desvio de recursos públicos.
Ontem, dia 11,
o quadro “Cadê o Dinheiro Que Tava Aqui?”, do programa do Fantástico, mostrou
que o desvio milionário na saúde pública do Maranhão teve as digitais dos dois
governos.
“Mudou o
governo, mas a organização criminosa continuou a atuar”, afirmou o
superintendente da PF no Maranhão em entrevista à TV Globo
O superintendente
da Polícia Federal no Maranhão, delegado Alexandre Saraiva que os casos de corrupção apurados
pela Operação Rêmora, tendo como alvo principal o Instituto de Desenvolvimento
e Apoio à Cidadania (IDAC), também foram detectados no governo Flávio Dino
(PCdoB).
“Mudou o
governo, mas a organização criminosa continuou a atuar, ignorando mandato,
ignorando qual partido estivesse no poder”, disse o delegado (veja a reportagem
completa abaixo).
Apesar de
todas as evidências de que os crimes eram cometidos durante a atual gestão, o
secretário de Saúde, Carlos Lula, garante que não tinha como saber de nada.
“A gente não
tinha como detectar nenhuma irregularidade, mesmo com nosso sistema de
prestação de contas porque a fraude era sofisticada”, declarou ele.
A informação
foi contestada pela PF. “Não é preciso por parte da organização criminosa grandes
malabarismos contábeis para sacar o dinheiro da Saúde na boca do caixa”,
ressaltou Alexandre Saraiva.
Tanto Roseana
quanto Flávio são sujos: seus governos têm culpa diretamente ou indiretamente
na roubalheira de dinheiro público da Saúde.
O furto é
fruto de contratos com Oscips para terceirização da saúde do Maranhão. São
milhões desviados, como falou delegados federias em reportagem na Globo.
Flávio Dino,
como ex-juiz federal, deveria preservar sua ética moral, mas acabou tendo seu
governo no mesmo lamaçal de corrupção de quem sempre apontou o dedo: o grupo
Sarney. O que é lamentável, principalmente para quem votou e acreditou em dias
melhores para o Estado.