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quarta-feira, 10 de maio de 2023

Moraes determina suspensão do Telegram por 72 horas caso aplicativo não remova mensagem sobre PL das Fake News

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (10) a suspensão do aplicativo Telegram por 72 horas, caso a plataforma não remova uma mensagem enviada um dia antes sobre o PL das Fake News. O aplicativo também terá de enviar um novo texto aos usuários com alegação de desinformação.

A decisão ocorre um dia após o aplicativo disparar mensagens aos usuários da plataforma dizendo que o projeto de lei (PL das Fake News) constitui-se uma ameaça à liberdade de expressão.

A plataforma terá de remover todas as mensagens enviadas pela empresa, no prazo de uma hora após a intimação. O Telegram também terá de enviar uma nova mensagem aos usuários, no mesmo prazo determinado, com a seguinte mensagem: “Por determinação do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a empresa Telegram comunica: A mensagem anterior do Telegram caracterizou FLAGRANTE e ILÍCITA DESINFORMAÇÃO atentatória ao Congresso Nacional, ao Poder Judiciário, ao Estado de Direito e à Democracia Brasileira, pois, fraudulentamente, distorceu a discussão e os debates sobre a regulação dos provedores de redes sociais e de serviços de mensageria privada (PL 2630), na tentativa de induzir e instigar os usuários à coagir os parlamentares”.

Se o aplicativo descumprir a determinação da remoção e envio, Moraes determinou a suspensão por um período de 72 horas.

Moraes também determinou multa de R$ 500 mil por hora, caso o aplicativo não remova a mensagem anterior, ou não envie o texto acima aos usuários.

Depoimento À PF

Moraes também determinou que a Polícia Federal (PF) proceda com a oitiva dos representantes legais no Brasil do Telegram, dentro de 48 horas. O ministro quer saber o motivo de os representantes terem determinado o envio do texto aos usuários sobre o PL das Fake News.

CNN


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Pauta das fake news é guerra da Globo contra plataformas digitais…

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Editorial do jornalista Marco Aurélio D'Eça

A Rede Globo decidiu mostrar abertamente a sua guerra pessoal contra as plataformas digitais que operam na rede mundial de computadores; sua campanha de difamação contra o Google e o Telegram tem muito mais a ver com guerra por audiência e público do que com supostos “ataques à democracia”.

Há anos, a Rede Globo vem perdendo audiência para plataformas que operam na Internet em todos os seus segmentos – Instagram, YouTube, Facebook, por exemplo; contra estas redes, ela mantém uma campanha diária, tentando vender a ideia de que apenas na internet ocorrem as fake news, o que não é verdade.

Aproveitando-se do uso indiscriminado da internet pelo governo Bolsonaro (PL) e seus seguidores, a Globo manipulou a opinião pública e tentou ganhar credibilidade através dos seus portais e repetidoras, vendendo-se como “caçadora de fake news”, única no país capaz de mostrar “o que é fato e o que é mentira”.

Mesmo assim, perdeu ainda mais espaços com a chegada dos serviços mundiais de streaming, tipo Netflix, Prime Vídeo, StarPlay, DisneyPlus e diversos outros, que tomaram a audiência da TV aberta em todos os setores, dos filmes às novelas, do futebol às séries.

Por mais ideológico que seja os analistas de mídia, não há um só que consiga negar que o projeto do governo Lula (PT) supostamente usado para o combate a fake news é, na verdade, um tentativa de controlar os meios de comunicação e a internet.

E foi exatamente isso que mostraram com suas ações o Google, semana passada, e o Telegram, nesta semana, fazendo a Rede Globo usar abertamente agentes do governo – como o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) – em sua tentativa de manipular o Congresso Nacional para encurralar a internet, as redes sociais e as plataformas digitais, que lhe tiram o sono.

O ataque à Democracia que a Globo imputa ao Google e ao Telegram, parte, na verdade, dela própria.

Os meios de comunicação tradicional – geralmente controlados pelas elites sociais e famílias de políticos – tinham o controle absoluto da informação até pelo menos 10 anos atrás; este monopólio foi quebrado pela internet com a chegada das redes sociais, que só tornaram os espaços públicos verdadeiramente democráticos para discussão dos mais variados assuntos.

Com a tentativa de encurralar a internet, esses veículos tradicionais, Rede Globo à frente, usam um governo também historicamente desejoso deste controle, para tentar voltar ao protagonismo, manipulando a opinião pública.

Isto, sim, um verdadeiro ataque à democracia…


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Telegram alerta: PL das Fake News pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira

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Motivo do PL 2630/2020 Ser Perigoso

A democracia está sob ataque no Brasil. A Câmara dos Deputados deverá votar em breve o PL 2630/2020, que foi alterado recentemente para incluir mais de 20 artigos completamente novos que nunca foram amplamente debatidos. Caso seja aprovado, empresas como o Telegram podem ter que deixar de prestar serviços no Brasil.

Veja como esse projeto de lei matará a internet moderna se for aprovado com a redação atual.

Concede Poderes de Censura ao Governo

Esse projeto de lei permite que o governo limite o que pode ser dito online ao forçar os aplicativos a removerem proativamente fatos ou opiniões que ele considera "inaceitáveis" [1] e suspenda qualquer serviço de internet – sem uma ordem judicial. [2]

Por exemplo, o Ministro da Justiça requisitou recentemente sanções contra o Telegram, alegando que o aplicativo “não respondeu a uma solicitação” – antes mesmo da solicitação ser feita. Se o PL 2630/2020 estivesse em vigor, o governo poderia ter bloqueado imediatamente o aplicativo como “medida preventiva” até que o Telegram provasse que não violou nenhuma lei.

Transfere Poderes Judiciais Aos Aplicativos

Esse projeto de lei torna as plataformas digitais responsáveis por decidir qual conteúdo é “ilegal” em vez dos tribunais – e fornece definições excessivamente amplas de conteúdo ilegal. [3]

Para evitar multas, as plataformas escolherão remover quaisquer opiniões relacionadas a tópicos controversos, especialmente tópicos que não estão alinhados à visão de qualquer governo atualmente no poder, o que coloca a democracia diretamente em risco.

Cria um Sistema de Vigilância Permanente

O projeto de lei exige que as plataformas monitorem as comunicações e informem as autoridades policiais em caso de suspeita de que um crime tenha ocorrido ou possa ocorrer no futuro. [4]

Isso cria um sistema de vigilância permanente, semelhante ao de países com regimes antidemocráticos.

É Desnecessário

O Brasil já possui leis para lidar com as atividades criminosas que esse projeto de lei pretende abranger (incluindo ataques à democracia).

O novo projeto de lei visa burlar essa estrutura legal, permitindo que uma única entidade administrativa regule o discurso sem supervisão judicial independente e prévia. [5]

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Isso apenas toca a superfície do motivo pelo qual esse novo projeto de lei é perigoso. É por isso que Google, Meta e outros se uniram para mostrar ao Congresso Nacional do Brasil a razão pela qual o projeto de lei precisa ser reescrito – mas isso não será possível sem a sua ajuda.

O Que Você Pode Fazer Para Mudar Isso

Você pode falar com seu deputado aqui ou nas redes sociais hoje. Os brasileiros merecem uma internet livre e um futuro livre.

REFERÊNCIAS

1

O PL 2630 se estabelece como a lei brasileira sobre liberdade, responsabilidade e transparência na internet, mas a redação atual adicionada em 27 de abril de 2023 torna ela potencialmente perigosa. Embora o Artigo 3 estabeleça alguns princípios para manter a liberdade de expressão e proibir a censura, os artigos subsequentes enfraquecem severamente essas proteções. Especificamente, a partir do Artigo 4, a lei impõe obrigações que facilitam a censura, promovendo práticas de moderação sobre assuntos ambíguos, amplos e às vezes indefinidos.

O Artigo 33 estende a imunidade parlamentar de servidores do governo para as plataformas online. Ao fazer isso, essa disposição estabelece um desequilíbrio perigoso, no qual o governo recebe proteção enquanto o discurso de cidadãos comuns ou candidatos eleitorais, especialmente sobre temas controversos, pode estar sujeito a moderação arbitrária.

O Artigo 12 permite um "protocolo de segurança" de 30 dias imposto pelo governo. O protocolo pode ser prorrogado com base em fatores arbitrários e ambíguos, como medidas de moderação "negligentes" ou "insuficientes" adotadas pelos provedores de serviço. Sob esse protocolo, os provedores são responsáveis por danos decorrentes de conteúdo de terceiros considerado "inaceitável", abrangendo potencialmente uma ampla gama de opiniões ou tópicos, conforme definido pelo governo. O protocolo de segurança obriga efetivamente os provedores de serviço a implementar e alinhar a moderação de discurso com a narrativa preferida pelo governo, possivelmente exigindo atualizações em seus termos de serviço para proibir assuntos ou pontos de vista específicos por completo.

2

De acordo com o Artigo 47, um serviço pode ser suspenso em um procedimento administrativo, sem consulta prévia a tribunais independentes. A suspensão também pode ser feita como uma "medida preventiva", antes mesmo do início do procedimento. Embora, teoricamente, seja possível entrar com uma ação judicial para reverter tal decisão, o serviço pode permanecer suspenso durante todo o tempo necessário para o governo conduzir o procedimento administrativo (e, em seguida, para o tribunal chegar a uma decisão final). Além disso, se o PL 2630/2020 for aprovado, o tribunal teria que fundamentar suas decisões nas mesmas definições vagas e excessivamente abrangentes que permitiram a suspensão inicial (veja nota [3]). Mesmo que o tribunal eventualmente decida que a suspensão foi ilegal, até lá o serviço poderia ter permanecido bloqueado por meses ou até mesmo anos.

3

De acordo com o Artigo 11 §1, um aplicativo pode se tornar responsável pelo conteúdo assim que for denunciado por qualquer usuário, a menos que o aplicativo prove que tratou a notificação diligentemente. No âmbito do "protocolo de segurança" (Artigo 13), essa responsabilização se torna imediata para qualquer conteúdo relacionado ao protocolo, com base exclusivamente em denúncias de usuários.

Como resultado da obrigação do dever de cuidado e da necessidade de mitigar "riscos sistêmicos", as plataformas são obrigadas a monitorar proativamente a totalidade de seus serviços em busca de "conteúdo ilegal", definido como relacionado a uma lista (potencialmente aberta) de leis – que inclui "crimes contra a democracia", entre outras coisas. No entanto, as leis listadas têm o objetivo de regular condutas, não discursos – portanto, não são adequadas para lidar com opiniões expressas online da maneira idealizada pelo projeto de lei.

Por exemplo, de acordo com a redação atual do PL 2630/2020, o governo está livre para declarar praticamente qualquer conteúdo relacionado aos três poderes do governo (por exemplo, críticas ao Supremo Tribunal Federal ou ao Presidente) um crime contra a democracia que deve ser proibido sob risco de suspensão do aplicativo.

4

Os requisitos para analisar e mitigar os riscos sistêmicos (Artigo 7) e agir com o devido cuidado (Artigo 11) só podem ser cumpridos por meio do monitoramento e policiamento de uma quantidade substancial (para não dizer todos) do conteúdo dos usuários, e pela criação de um sistema de vigilância agressivo. Sob as obrigações gerais de transparência e auditoria, as informações sobre a atividade dos usuários podem ser solicitadas e acessadas pelo governo.

Além disso, as obrigações específicas de informar sobre quaisquer ameaças de vida suspeitas estabelecidas pelo Artigo 45 podem levar a um excesso de notificações de qualquer discurso mais agressivo na plataforma às autoridades policiais. Embora o texto mencione que as plataformas devem apenas analisar "informações que levantem suspeitas de que um crime envolvendo uma ameaça à vida tenha ocorrido ou possa ocorrer", exigir que as plataformas busquem proativamente informações de qualquer tipo implica que a plataforma deve, portanto, monitorar informações de todos os tipos.

5

O Artigo 11 contém uma lista aberta de leis que abrangem atualmente o escopo pretendido do PL 2630/2020. Essas leis já existentes governam crimes contra o Estado Democrático de Direito, terrorismo, racismo e comportamento violento ou discriminatório, entre outros. A presença dessas regulamentações detalhadas indica que o PL 2630/2020 serviria apenas para enfraquecer o regime jurídico estabelecido, potencialmente concedendo ao governo poder excessivo e impactando negativamente o delicado equilíbrio entre segurança e direitos pessoais.

As referências são fundamentadas no PL 2630/2020, conforme publicado em 27 de abril de 2023, disponível aqui.


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terça-feira, 2 de maio de 2023

5 armadilhas do Projeto de Lei 2630, o “PL da Censura”

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Na última terça-feira (25/04), a Câmara dos Deputados aprovou a urgência do Projeto de Lei 2630, também conhecido como “PL das Fake News” ou “PL da Censura”. Com isso, o projeto poderá ser votado em plenário sem passar pelas comissões da Câmara, o que deve acontecer hoje, terça-feira (02/05).

Alguns partidos contrários a aprovação entendem que o projeto de lei apresenta diversas ameaças à liberdade, confira as principais:

1. Transforma as plataformas em “polícias digitais”.

As redes sociais, como Facebook, Instagram e Twitter, passarão a ser responsabilizadas pelo policiamento e moderação ativa dos conteúdos publicados que sejam potencialmente criminosos.

2- Coloca em risco a liberdade de expressão.

Com medo das punições, as plataformas devem restringir o conteúdo e limitar o que pode – e o que não pode – ser dito.

3- Ameaça à liberdade religiosa.

Sob a justificativa do combate ao “discurso de ódio”, a liberdade religiosa corre sérios riscos. O projeto prevê que as redes sociais devem moderar publicações que atinjam os “direitos fundamentais” previstos na Constituição brasileira. Quem conhece nossa Constituição sabe que não são poucos os direitos previstos, e que a interpretação do que seria uma “violação” é vaga e subjetiva.

4- Cria um “Ministério da Verdade”.

O governo vai criar uma entidade de supervisão para controlar o conteúdo publicado online. Na prática, sabemos o que vai acontecer: o que o governo aprova, pode ser dito; o que o governo não gosta, será censurado.

5- Deixa os anúncios digitais mais caros.

O PL também vai proibir as empresas de usarem informações coletadas (com consentimento!) dos usuários para otimizar os anúncios online. Qualquer empresa ou loja digital vai ter mais dificuldade de alcançar pessoas genuinamente interessadas nos seus produtos, e a publicidade digital vai ficar mais cara e menos acessível.

Lula e o PT nunca esconderam o desejo de controlar os meios de comunicação. Afinal, pessoas discutindo e compartilhando informações com liberdade são uma ameaça ao seu projeto de poder. Agora, com a justificativa do combate à desinformação e a prevenção de ataques em escolas, o governo quer aprovar o PL 2630, ou melhor, o PL da Censura.

Ascom - NOVO


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