Sessão do Tribunal do Júri desta segunda-feira, julgando o caso Raimundo Borges |
Valter Luiz
Bastos Cantanhede, o Valtinho, foi condenado a 18 anos e 8 meses de reclusão
pelo assassinato do prefeito de Poção de Pedras (MA), Raimundo Mota da Silva,
conhecido por Borges. O julgamento ocorreu nessa terça-feira (22), no 2º
Tribunal do Júri de São Luís, e o juiz José Ribamar D´Oliveira Costa Júnior,
que presidiu a sessão, decretou a prisão preventiva do acusado e o encaminhou
ao sistema penitenciário para cumprir a pena em regime fechado. O réu e mais
duas pessoas foram acusados de sequestrar, torturar e assassinar a tiros, além
de carbonizar e ocultar o corpo da vítima.
O crime
ocorreu no dia 17 de setembro de 1992, no Conjunto Paranã, próximo ao Maiobão
(Paço do Lumiar) e, na época, Raimundo Mota da Silva estava afastado do cargo
de prefeito por decisão judicial. Os outros dois acusados - Cosme José Teixeira
Maciel e Rogério Furtado de Sousa – foram condenados, cada um, a 28 anos e 15
dias de reclusão, em setembro do ano passado, e também tiveram as prisões
decretadas. Segundo a denúncia do Ministério Público, eles cometeram o crime a
mando de Francisco de Alencar Sampaio, conhecido por Chicão (vice-prefeito de
Poção de Pedras), e Romão Bizarrias Vilarindo (tesoureiro da prefeitura).
Assista a reportagem de 'Sua Cidade'
SESSÃO DO JÚRI
- No julgamento de Valter Luiz Bastos Cantanhede, os jurados reconheceram as
circunstâncias qualificadoras de motivo torpe (aquele considerado como imoral,
vergonhoso, repudiado moral e socialmente) e simulação, condenando o acusado
por homicídio duplamente qualificado. Na sentença, o juiz José Ribamar
D´Oliveira Costa Júnior afirma que “considerando a gravidade e a hediondez do
crime, bem como as circunstâncias de como o mesmo ocorreu, resta evidenciada a
periculosidade do réu, de forma que emerge dos autos a necessidade da prisão
preventiva como medida de garantia da ordem pública”.
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