Após janela
partidária, onde parlamentares tiveram um prazo de 30 dias para o troca-troca
de partido, e na iminência das convenções das coligações e posterior registro de
candidaturas para as eleições 2018, começam a surgir por aqui os pré-candidatos
caras-pálidas mais conhecidos como “paraquedistas”, ou “pipiras”.
Paraquedistas
porque só aparecem em época de eleição; residem em uma região bem longe da
nossa e, sem pudor, vêm pedir votos. Infelizmente algumas pessoas deixam de
votar em representantes de nossa terra para votar nesses aventureiros, que não
possuem nenhum compromisso com nossa região, e, quando acaba as eleições,
nunca mais o veremos.
Pipira em
alusão à ave que tem o hábito de regressar de tempos em tempos atrás dos grãos.
Se fosse dá
nomes aos bois, apresentaria uma extensa relação de forasteiros que, depois de
se beneficiarem de nosso povo, desapareceram sem deixar rastros, e agora estão
ressurgindo das cinzas. Muitas das vezes nunca nem ouvimos falar, e eles chegam com o intermédio de prefeitos e
ex-prefeitos que consideram os municípios como currais eleitorais, impondo
nomes e figuras em troca de altos valores, como se fossem coronéis, negociando
os votos da massa num mercado negro na qual os eleitores são tratados como cabeças de bois. Eles
aproveitam para lucrar neste período; pegam absurdo de dinheiro; triplicam seus
patrimônios; enquanto que depois o povo continua na mesma “sopa de pedras”.
O reflexo vem
depois...
A contar por ostentar
a falta de representatividade, acabamos ficando na escassez da saúde pública, da
educação de qualidade, de infraestrutura e segurança pública.
Os prefeitos,
vereadores e líderes não devem se gabar em blogs apenas de receberem uma ambulância,
um trator, um caminhão ou uma viatura. Engodo! É importante, mas não é tudo.
Deve-se mesmo
é ser indagado onde vai ser atendido a família quando faltar-lhe saúde, para
qual hospital serão levados. A ausência de merendas nas escolas. A falta de
boas estradas. Qual o Índice de Desenvolvimento Humano de nossas cidades, assim
como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) das nossas escolas e
o que, concretamente, tem sido feito para melhorá-los.
Espero que o eleitor
faça a sua parte.
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