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quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Com delação, Alberto Yousseff deixa a cadeia na semana que vem

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Se não firmasse acordo, doleiro teria de cumprir 122 anos de prisão



O doleiro Alberto Yousseff, preso no Maranhão pela Polícia Federal desde março de 2014 e segundo investigado da Lava Jato a fechar acordo de delação premiada e auxiliar nas investigações, deve deixar a carceragem da PF no próximo dia 17.

Se não firmasse a delação, ele teria de cumprir 122 anos de prisão.

O delator do esquema de cartel e direcionamento de licitações da Petrobras deixará a Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, para cumprir quatro meses em prisão domiciliar em São Paulo. Em seguida, vai para o regime aberto, como previsto no acordo.

A diminuição da pena é resultado de um aditamento ao acordo de delação de Youssef que foi homologado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Teori Zavascki, relator da Lava Jato. Como firmou o acordo, o doleiro deixa a carceragem antes mesmo das investigações terminarem, deixando vários “colegas de cela” para trás.

Na prática, Alberto Youssef vai cumprir dois anos e oito meses em regime fechado e mais quatro meses em prisão domiciliar. Depois, estará livre – a menos que volte a cometer crimes, como já aconteceu uma vez, quando quebrou um acordo firmado no caso Banestado.

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quarta-feira, 10 de junho de 2015

DELATORES DA PROPINA DE ROSEANA E LOBÃO FARÃO ACAREAÇÃO NO MPF

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lava-jato acareaçãoApós a revelação de um vídeo em que procuradores parecem desdenhar da ideia de uma acareação, o Ministério Público Federal marcou para o próximo dia 22 um interrogatório conjunto entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para esclarecer pontos divergentes nas declarações que prestaram em acordos de delação que ambos fizeram na Lava Jato.
Os pontos de discórdia entre os dois envolvem seis casos, entre os quais os do ex-ministro Antônio Palocci e do senador Edson Lobão (PMDB-MA) e recursos para campanhas de 2010 (leia quadro).
Paulo Roberto disse ter autorizado Youssef a repassar R$ 2 milhões para a campanha de 2010 de Dilma Rousseff (PT), que teriam sido pedidos por Palocci.
Youssef, por sua vez, disse que não fez essa operação nem foi procurado por Palocci. O advogado do petista, José Roberto Batochio, confirma essa versão e diz que seu cliente jamais viu o doleiro.
No caso de Lobão, Paulo Roberto afirmou que ele pediu R$ 2 milhões para a campanha de Roseana Sarney ao governo do Maranhão e que a entrega do montante foi providenciada por Youssef.
O doleiro negou ter feito a operação para Roseana e levantou a hipótese de que Paulo Roberto pode ter confundido ele com outro doleiro.
Se ficar provado que um dos dois mentiu, eles podem perder benefícios, como o direito a prisão domiciliar, mas é improvável que uma divergência pontual anule o acordo de delação inteiro.
A acareação vai ocorrer em Curitiba, onde o doleiro está preso desde 17 de março do ano passado, quando foi deflagrada a Operação Lava Jato, que apura pagamento de propina em contratos da Petrobras. O inquérito sobre Lobão corre no Supremo, porque ele é senador e só pode ser investigado pela instância máxima da Justiça, enquanto a apuração sobre Palocci está em Curitiba.
O advogado de Roseana e Lobão, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, nega as acusações contra os dois e tem repetido que as delações não são confiáveis.
MEXEU, FEDEU
A acareação tornou-se uma questão polêmica depois que o jornal “O Estado de S. Paulo” revelou no último dia 27 um vídeo em que o doleiro aparece falando com procuradores e um de seus advogados.
Youssef parece interessado em confrontar a sua versão com a de Paulo Roberto: “Não quer ver aquelas discrepâncias com aqueles depoimentos do Paulo Roberto?”.
Quando um procurador aborda a suposta doação pedida por Palocci, Youssef rebate: “Eu acho que o Paulo se equivocou e se os doutores acharem necessário a gente ter uma conversa juntos (…), eu estou à disposição”.
Outro procurador, cuja identidade ainda não foi descoberta, segundo a Procuradoria Geral da República, diz em seguida: “Esse é o tipo de coisa que, quanto mais mexe, pior fica”. Outra voz arremata: “É a teoria da bosta seca. Mexeu, fedeu”.
Segundo o procurador Andrey de Mendonça, que estava na sala em que o vídeo foi gravado, quem disse essa frase foi um dos advogados do doleiro, Luis Gustavo Flores. Ele não quis comentar a atribuição feita pelo procurador.
Mendonça disse na última semana que é completamente errada a impressão de que os procuradores não queiram a acareação. “Nosso objetivo é chegar à verdade”, frisou.
O advogado de Paulo Roberto, João Mestieri, diz que acareações costumam ser inócuas: “Como quase sempre acontece nesses casos, cada um sai com a sua verdade”.

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terça-feira, 12 de maio de 2015

EM DEPOIMENTO A CPI, YOUSSEF CONFIRMA QUE PAGOU PROPINA A ABREU E ROSEANA

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            João Abreu – de terno à direita – teria recebido propina repassada por Youssef a Roseana Sarney
O doleiro Alberto Youssef disse, nesta segunda-feira, 11, em oitiva da CPI da Petrobrás em Curitiba, acreditar que, mesmo após sua prisão, o secretário da Casa Civil da então governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB), João Abreu, recebeu a remessa de R$ 1,4 milhão que ele levava a São Luís. “Até onde eu tenho conhecimento, chegou”, respondeu aos deputados.
Alberto Youssef, considerado um dos líderes do esquema bilionário de corrupção na Petrobrás, foi preso em março do ano passado na capital maranhense, em meio às investigações da Operação Lava Jato da Polícia Federal, que desvios envolvendo contratos da estatal. Segundo o doleiro relatou à época, ele tinha feito a entrega do dinheiro momentos antes da prisão.
Youssef disse que não conheceu Roseana pessoalmente. Em delação em março deste ano, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse ter se reunido pessoalmente com Roseana para tratar de propina. Segundo o ex-diretor, o senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia, foi quem solicitou R$ 2 milhões, destinados à campanha de Roseana ao governo do Estado em 2010. O valor, afirmou Costa à época, foi pago em espécie via Youssef. A defesa da ex-governadora nega o envolvimento dela com o esquema.
Integrantes da CPI da Petrobrás estão em Curitiba para realizar oitivas com 13 presos da Lava Jato. Estão previstos para esta segunda sete depoimentos. O empresário Mário Góes ficou em silêncio. Neste momento, o ex-diretor da área Internacional Nestor Cerveró é questionado pelos parlamentares, mas também se valeu do direito de permanecer calado. É aguardada a presença do empresário Fernando Soares, o Fernando Baiano. Nesta terça, serão ouvidos os ex-deputados André Vargas e Luiz Argolo, e outros quatro presos.

Blog Marrapá

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