Jornal Pequeno
Suspeito por esquartejar Emanuel Messias da Silva, de 14 anos, na noite de segunda-feira (11), na cidade de Pedreiras/MA, um adolescente de 16 confessou que comeu pedaço do fígado da vítima, após retalhar o garoto. O ato de canibalismo foi descrito em uma coletiva realizada ontem (14), na Secretaria de Segurança Pública (SSP/MA). Na entrevista, foram apresentados outros suspeitos de envolvimento no crime bárbaro.
Conforme explicações do delegado Guilherme de Sousa Filho, chefe do Departamento de Homicídios do Interior (DHI), vinculado à Superintendência de Investigação de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP), o adolescente, em depoimento, narrou que na tarde do dia 11 permaneceu por um tempo no lava a jato de Raimundo Nonato Saraiva Leite, o “Nonato do Lava Jato” – um dos presos, e, depois, jogou bola em um campo da cidade.
No campo, aguardou José Antônio de Sousa, o “Toinho”, 20, que chegou logo em seguida com a vítima, para consumirem entorpecentes, do tipo solvente, em uma casa abandonada na Rua Três, no Parque Henrique Oliveira. Lá, segundo suas declarações, por volta das 19h, decidiram matar Emanuel Messias, sendo que este levou uma “gravata” do adolescente, caindo no chão por conta do estrangulamento, quase inconsciente.
Guilherme falou que, ainda vivo, Messias levou uma tijolada na cabeça, mas, mesmo assim, continuou respirando, embora também tenha sido esfaqueado por “Toinho”. Por fim, o adolescente disse que se deslocou à sua casa e buscou um facão, decepando a vítima, assim que retornou, provocando definitivamente a sua morte. Após este procedimento, cortou suas mãos, braços e pernas, na altura do joelho, sendo observado por “Toinho”. Ainda de acordo com o interrogado, abriu o tórax de Emanuel, deixando pulmões, coração, baço e fígado expostos.
O adolescente contou que, de forma antropofágica, mordeu o fígado e engoliu um pedaço, comentando, naturalmente, que tinha gosto de “carne de urubu”. A seguir, levou o coração a cerca de cem metros da residência, deixando-o ao lado de uma boca de fumo, mas ele confessou que pretendia colocá-lo em uma garrafa com álcool, para “admirá-lo”. Por último, espalhou as partes do cadáver em um matagal. O delegado Guilherme frisou que, primeiro, o depoente – que sorria ao narrar como esquartejou o rapaz – atribuiu a ação a uma “força sobrenatural”, mas acabou falando a verdade sobre a motivação.
MOTIVAÇÃO
Na coletiva, o delegado responsável pelas investigações, Plínio Napoleão, relatou que o crime foi cometido para quitar uma dívida de R$ 5 mil que o adolescente suspeito tinha com “Nonato do Lava Jato”, que solicitou a morte de Messias, pois este seria “avião” de um traficante chamado “Preto”, da facção Primeiro Comando do Maranhão (PCM). Mas a vítima estava negociando drogas nos “territórios” de Raimundo Saraiva, que teria se sentido incomodado com isto, por conta dos prejuízos.
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