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terça-feira, 16 de agosto de 2022

TCE entrega lista com mais de mil nomes com contas irregulares

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O Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA) cumpriu etapa fundamental do processo eleitoral, protagonizada pelas cortes de contas de todo o país. Três dias antes do prazo legal, o presidente do TCE, conselheiro Washington de Oliveira, entregou formalmente à presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargadora Angela Salazar, a lista de gestores com contas rejeitadas por irregularidade insanável nos últimos oito anos totalizou 1.207 nomes (Clique aqui e confira a lista).

Acompanhado do secretário-geral do TCE, Bruno Almeida, o presidente da corte de contas maranhense, entregou à autoridade máxima das eleições no estado a documentação referente à matéria, acompanhada da lista em mídia eletrônica. O ato de entrega foi acompanhado pelo secretário-geral do TCE, Bruno Almeida, pelo diretor-geral do TRE, Herbert Leite e ainda pela juíza auxiliar da presidência, Rosângela Prazeres.

Além da entrega da lista à Justiça Eleitoral, em atendimento ao que determina a Lei nº 9.504/1997, conhecida com a Lei das Eleições, o Tribunal de Contas atendeu ainda às solicitações do Ministério Público Federal, de acesso às informações sobre pessoas físicas julgadas por atos que implicaram inelegibilidade eleitoral, fazendo carga dos dados relativos às contas irregulares com trânsito em julgado (quando não cabe mais recurso) até 08/07/2022, no sistema “Sisconta”.

Na oportunidade, além de colocar o TCE à disposição da justiça eleitoral para prestar qualquer esclarecimento ou qualquer outro auxílio capaz de contribuir para o êxito do processo eleitoral, o conselheiro Washington de Oliveira enfatizou a relevância do papel exercido pelas cortes de contas no aperfeiçoamento permanente da democracia brasileira por meio de eleições cuja lisura é reconhecida em todo o mundo. “É o julgamento feito pelos Tribunais de Contas que permite uma triagem de candidaturas fundamental para a qualificação de todo o processo, aspecto que redobra a nossa responsabilidade diante do acompanhamento dos gastos públicos e sua posterior apreciação e julgamento”, observou

COMO FUNCIONA – Apesar de a lista entregue à Justiça Eleitoral ser chamada popularmente de “lista de inelegíveis”, a decretação da inelegibilidade de postulantes a cargos eletivos não cabe aos Tribunais de Contas. Na realidade, cabe à Justiça Eleitoral declarar a inelegibilidade de um candidato, com base nos critérios definidos na Lei da Ficha Limpa (nº 135 de 2010).

Originada de um projeto de lei de iniciativa popular idealizado pelo então juiz Márlon Reis, entre outros juristas, que reuniu cerca de 1,6 milhão de assinaturas com o objetivo de aumentar a idoneidade dos candidatos, a A Lei Complementar nº. 135 de 2010, mais conhecida como Lei da Ficha Limpa, torna inelegível por oito anos um candidato que tiver o mandato cassado, renunciar para evitar a cassação ou for condenado por decisão de órgão colegiado, mesmo que ainda exista a possibilidade de recursos

Em ano eleitoral, o papel do TCU e dos Tribunais de Contas (Estados e municípios) se limita a enviar ao TSE e aos Tribunais Regionais Eleitorais a lista de pessoas físicas que tiveram suas contas julgadas irregulares nos últimos oito anos que antecedem a eleição. Quando uma candidatura é registrada, o juiz eleitoral analisa se o ato é válido ou não, e um dos critérios usados é justamente a lista do TCU. É com base na lista que Ministério Público Eleitoral, candidatos, coligações e partidos podem solicitar a análise das candidaturas.


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quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Juíza de Coroatá exclui conta do Facebook após descoberta de que é da “casa de Sarney”

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Do blog do Clodoaldo Corrêa




A juíza Anelise Reginato, que determinou a inelegibilidade do governador Flávio Dino, apagou há pouco sua conta no Facebook após o Blog ter publicado o print de uma publicação em que a magistrada em 2012 estava no sistema Mirante de Comunicação e disse que estava em casa na TV de Sarney.

No dia 7 de setembro de 2012, a juíza fez check in na rede social após passagem na TV. “Nada como se sentir em casa, bem à vontade, sem chinelo… ah…”, diz a juíza na postagem.

Conta de Anelise fora do ar no Facebook

Anelise Reginato é casada com Márcio Fontenele, filho do radialista Herbert Fontenele, falecido em 2015, e ex-funcionário por muitos anos do Sistema Mirante.

Tal como no poema de Carlos Drummond de Andrade, as relações entre os personagens por trás da decisão da juíza Anelise Reginato são evidentes e revelam um ciclo vicioso:

A juíza de Coroatá é casada com o filho do ex-funcionário da Mirante, sistema de comunicação de propriedade da família Sarney, que tenta eleger Roseana Sarney, ex-governadora que tinha como principal secretário Ricardo Murad, casado com a ex-prefeita de Coroatá Teresa Murad, que perdeu as eleições em 2016 e moveu ação contra Flávio Dino que foi acolhida por quem? Pela juíza eleitoral de Coroatá!

Magistrada anda “sem chinelo” na Mirante

A decisão gerou uma série de especulações. Para especialistas em Direito Eleitoral, a decisão é improcedente, uma vez que a Lei da Ficha Limpa define que só serão considerados inelegíveis políticos condenados em órgão judicial colegiado, e a decisão de Anelise foi proferida em primeira instância.

A sentença faz parte de um velho joguete político adotado pelo clã Sarney: o tapetão. As suspeitas foram endossadas com o surgimento de indícios que põem em xeque a imparcialidade da magistrada.


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