Do blog do Clodoaldo Corrêa
A juíza
Anelise Reginato, que determinou a inelegibilidade do governador Flávio Dino,
apagou há pouco sua conta no Facebook após o Blog ter publicado o print de uma
publicação em que a magistrada em 2012 estava no sistema Mirante de Comunicação
e disse que estava em casa na TV de Sarney.
No dia 7 de
setembro de 2012, a juíza fez check in na rede social após passagem na TV.
“Nada como se sentir em casa, bem à vontade, sem chinelo… ah…”, diz a juíza na
postagem.
Conta de Anelise fora do ar no Facebook |
Anelise
Reginato é casada com Márcio Fontenele, filho do radialista Herbert Fontenele,
falecido em 2015, e ex-funcionário por muitos anos do Sistema Mirante.
Tal como no
poema de Carlos Drummond de Andrade, as relações entre os personagens por trás
da decisão da juíza Anelise Reginato são evidentes e revelam um ciclo vicioso:
A juíza de
Coroatá é casada com o filho do ex-funcionário da Mirante, sistema de
comunicação de propriedade da família Sarney, que tenta eleger Roseana Sarney,
ex-governadora que tinha como principal secretário Ricardo Murad, casado com a
ex-prefeita de Coroatá Teresa Murad, que perdeu as eleições em 2016 e moveu
ação contra Flávio Dino que foi acolhida por quem? Pela juíza eleitoral de
Coroatá!
Magistrada anda “sem chinelo” na Mirante
|
A decisão
gerou uma série de especulações. Para especialistas em Direito Eleitoral, a
decisão é improcedente, uma vez que a Lei da Ficha Limpa define que só serão
considerados inelegíveis políticos condenados em órgão judicial colegiado, e a
decisão de Anelise foi proferida em primeira instância.
A sentença faz
parte de um velho joguete político adotado pelo clã Sarney: o tapetão. As
suspeitas foram endossadas com o surgimento de indícios que põem em xeque a
imparcialidade da magistrada.
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