Parece trivial, mas há uma distinção dentro da
liturgia quando se direciona um ministério para louvar, ou pregar. É agravante
dentro da homilética um pregador ser convidado para ministrar a palavra, e usar
o tempo apenas cantando, ou vice-versa. Deus não é um Deus de confusão, nem de
engano, e preza pela ordem e decência.
Nesta resenha crítica, não colocamos em cheque a “santidade”
do pastor/cantor Samuel Mariano, que participou de evento em comemoração ao Dia
do Evangélico em Esperantinópolis-MA, nesta terça-feira (31), e demonstrou ser um ganhador de almas. Mas questionamos o
fato de o cantor ter sido contratado pela Prefeitura como ATRAÇÃO MUSICAL,
haver comparecido com a banda completa no palco com som e grande estrutura, e na hora da oportunidade “matar” mais
de uma hora do tempo apenas pregando, visto que todos os dias os irmãos são
edificados com as pregações de seus respectivos pastores em suas igrejas.
Samuel pregou mais de uma hora e, após ter usufruído
do seu tempo combinado no contrato, finalizou com um medley de pouco mais de
seis canções. Oras, o levita é cantor? Ou virou apenas pregador itinerante?!
Então poderia não andar com a banda, muito menos cobrar cachês!
É bem verdade que ele abriu dizendo: “Não vim para
fazer um ‘showzinho’, e quem veio achando isso pode voltar pra casa!”. Porém
pastor, sei que a maior parte do público realmente não foi ali para perder seu
tempo pulando ou atrás de movimento qualquer. Os adoradores foram ali para se
deleitarem na presença de Deus através do louvor. O verdadeiro louvor também
traz o evangelho consigo; também edifica, quebra cadeias e grilhões, e vai
continuar quando a pregação cessar.
Nada contra a pregação, mas deveria ter compensado
o tempo do louvor.
Queridos irmãos, sabe o que acontece hoje, é que
com técnicas de sensacionalismo, muita gente enganosa acaba por lucrar altos cachês.
Chegam apenas para uma noite e logo vão embora arrastando tudo. Povo tem é que
viver o que a Bíblia diz e deixar de se levar por palavras emotivas.
“Minha palavra, e a minha pregação, não consistiram
em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e
de poder...” I CO 2.4
Antes de qualquer polêmica, enfatizo que não
estamos contestando a organização do evento, que em suma é memorável para não
deixar o Dia do Evangélico e da Reforma Protestante passar em branco, nem também
estamos com aversão à pregação da Palavra, visto que o “crer vem pelo o ouvir”. A
reprimenda do blog é sobre as questões contratuais, técnicas e de propaganda.
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