No último dia
06 do corrente mês, um episódio triste chocou a cidade de Esperantinópolis. A
Jovem Mariana Brasil tentou suicídio, fazendo ingestão de uma alta quantidade
de veneno. Ela foi encaminhada ao hospital municipal de Esperantinópolis, onde
recebeu os primeiros socorros, em seguida, após a realização de todos os
procedimentos foi transferida para o Hospital Geral de Peritoró – MA. Mariana
permaneceu internada por alguns dias e por último estava na UTI do Hospital
Regional de Coroatá – MA.
Lamentavelmente
a jovem de 21 anos morreu nesta sexta-feira (17) após passar 11 dias em coma. Sentimos profundamente e deixamos nosso pesar aos amigos e familiares.
Por décadas casos
como o de Mariana eram boicotados e os meios jornalísticos esquivavam-se de
noticiar devido à complexidade do assunto. Havia um tabu de que "divulgar
suicídio" influenciaria, involuntariamente, para o aumento de números de
casos, levando em consideração que pessoas que possuem predisposição poderiam
ser impulsionadas. Contudo, o método está intrinsecamente ligado à maneira em
que a notícia é conduzida, que deve ser livre de sensacionalismo. Ainda é posto
à margem da ação jornalística por se tratar de um ato extremamente íntimo e
individual.
Há outras
razões para o silêncio da imprensa, que são de ordem prática: amenizar a dor da
família, respeitar a privacidade e os motivos, geralmente alheios ao
conhecimento das pessoas mais próximas, e por fim, não desafiar a crença e
convenção abordada no parágrafo acima. Mas mesmo sendo um assunto melindroso, é importante atentar para algumas questões.
Haja vista ser
um um problema social com crescente número de incidência em termos globais, chegou o
momento de conversamos, romper o silêncio e abrir o coração. O diálogo deve ser
estendido aos amigos, familiares ou mesmo profissionais médicos de confiança.
Um dos maiores
fatores que contribui para o aumento dos casos é a Depressão – o mal do século,
na qual as vezes a vítima não apresenta sinais e nenhum outro tipo de demonstração
externa. A sociedade precisa buscar formas de lidar, amparar e reorientar pessoas que neste momento estão pensando em desistir de tudo. Acredito que o assunto deve ser debatido por profissionais específicos, sobretudo
nas escolas, com intuito de esclarecer as crianças, jovens e adolescentes, e
ajudar pessoas que talvez estejam sofrendo alguma dor no seu "eu" interior.
Com informações de Carlos Barroso